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Histórico de ex-pilotos donos de equipe não favorece Piquet

Por André Pontes
4 ago 2009, 11h34

O tricampeão da Fórmula 1 Nelson Piquet pode até salvar a carreira do filho, Nelsinho Piquet, na categoria, caso se confirmem os boatos de que o ex-piloto brasileiro negocia a compra de parte da escuderia BMW em sociedade com o suíço Peter Sauber – que já detém 20% da equipe. Porém, a história dos ex-pilotos que comandaram equipes da F1 não é animadora.

A maioria dos aventureiros terminou falido ou foi obrigado a vender a equipe para não afundar com ela. A sucessão de insucessos tem uma mesma explicação: para manter uma equipe competitiva na F1, não basta conhecimento técnico – o que homens como Piquet têm de sobra. É preciso muito dinheiro e uma rede de relacionamentos poderosa o suficiente para atrair os milhões de dólares dos patrocinadores.

De acordo com a revista inglesa F1 Business, a McLaren gastou em 2008 o equivalente a 900 milhões de reais para que seus carros rodassem para ganhar. Já a BMW, que está na mira de Piquet, investiu 800 milhões. As duas aceleram na ponta da categoria. Do outro lado, para manter uma equipe modesta, estima-se que são necessários 200 milhões de reais.

Piquet se agarra à possibilidade de uma possível restrição de gastos da categoria, prevista para 2010. As conversas sobre o assunto, porém, têm gerado conflitos nos bastidores. As grandes equipes querem que tudo continue como está; as pequenas torcem pelo corte – que, se aprovado, estabeleceria o teto de 200 milhões de reais por ano.

Ex-campeões quebrados – Em 1961, o então bi-campeão Jack Brabham fundou a Brabham Racing Organization. A equipe conquistou dois títulos: em 1966, com o próprio Brabham pilotando, e em 1967, com Denny Hulme. Após se aposentar das pistas, Brabham vendeu a equipe, a única de um ex-piloto com sucesso na categoria.

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As demais histórias somam insucessos. Em 1974, outro bi-campeão, o brasileiro Emerson Fittipaldi, fundou a Copersucar em sociedade com o irmão Wilson. O carro brasileiro correu 104 GPs. Fechou as portas em 1982, oito temporadas após sua estreia, com uma dívida de sete milhões de dólares.

Em 1997, o escocês tricampeão Jackie Stewart fundou junto com o filho Paul a Stewart Grand Prix. Em três anos de vida, a equipe acumulou apenas 47 pontos. Endividado, Stewart não teve outra opção além de vender o time para a montadora Jaguar.

No mesmo ano, Alain Prost – quatro vezes campeão da categoria e maior rival de Ayrton Senna – montou a Prost Grand Prix Racing Team. A equipe teve cinco temporadas de vida. Seu melhor ano foi justamente o de estreia, quando terminou na sexta colocação do campeonato de construtores.

Os anos seguintes foram recheados de quebras e pouquíssimos pontos. Em 2001 o brasileiro Pedro Paulo Diniz, filho de Abílio Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar, se associou a Prost, mas não teve muita sorte. O dinheiro da equipe era minguado. O resultado foi desastroso, e a equipe fez apenas 4 pontos na temporada. A escuderia Prost entrou em estado de falência e quase levou junto com ela seu criador.

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