A reabilitação nas últimas rodadas deixou o time do Guarani uma posição acima da zona de rebaixamento e, fora de campo, também já há motivos para sorrir, pois a diretoria do clube quitou os salários atrasados do mês de junho.
O medo do clube era de que os jogadores começassem a pedir o desligamento pela falta de pagamento, assim como fez o volante Lucas Martins em agosto. Isso porque, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho, o empregado que permanece três meses sem receber tem direito de pedir a rescisão indireta do contrato, além de indenização por danos morais.
Mesmo sem que a situação dos vencimentos de julho e agosto tenha encontrado resolução, o vice-presidente de finanças Jurandir Assis fez um prognóstico realista, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira: ‘Apesar de toda a luta que estamos tendo diariamente para sanar as despesas do clube, as possibilidades estão se esgotando. Por isso, a partir de segunda feira, iniciaremos uma série de medidas para arrecadar fundos e resolver tudo’.
Se a debandada dos jogadores foi evitada momentaneamente, a dos funcionários do clube parece cada vez mais palpável. Um grupo se reuniu em frente à sala de entrevistas e protestou contra a diretoria pedindo o pagamento dos salários.
As propostas do Guarani para solucionar a crise são: venda de títulos patrimoniais, criação de uma conta bancária para depósito de valores acima de R$ 20, venda de camisetas com o nome do torcedor estampado, diminuição da mensalidade do programa de sócio-torcedores de R$ 50 para R$ 30, entre outros.
O programa será lançado oficialmente na segunda-feira e a expectativa é favorável: ‘Hoje nós precisamos mais do que nunca de toda a coletividade bugrina e esperamos que essas medidas deem certo. Nós temos que reerguer o Guarani e para isso, ele precisa de sua torcida’, garantiu Jurandir.