O desdobramento da revelação recente da filiação de Kleber à Gaviões da Fiel, há dez anos, deve se restringir a provocações de arquibancada. No Corinthians e no Palmeiras, até ninguém abraçou a polêmica até aqui, uma vez que os dois rivais duelam neste domingo. O goleiro Julio Cesar foi outro a minimizar o fato de o atacante palmeirense já ter sido corintiano.
Segundo o camisa 1 alvinegro, poucos são os atletas que defendem o clube de infância. ‘Você sonha com seu futuro, mas não sabe se vai jogar. Menos de 5% dos atletas jogam no time pelo qual torcia quando pequeno. Isso é coisa de criança. A partir do momento em que começa a jogar, você pega identificação com a equipe. Isso não interfere em nada’, disse o arqueiro.
A postura de Julio Cesar é a mesma do zagueiro Leandro Castán, que também preferiu não valorizar a história. Na terça-feira, o defensor foi além, advertindo que o palmeirense dá muito trabalho em campo, inclusive em clássicos. Como reforçou o goleiro: ‘Ele sempre joga bem contra a gente. Temos que marcá-lo de perto, sem dar espaço, porque ele preocupa’, advertiu.
A própria Gaviões da Fiel se assustou um pouco com a repercussão da revelação. A torcida organizada tem receio de que uma eventual derrota seja atrelada a ela. Nesta quarta-feira, o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, usou justamente essa saída para falar do assunto.
‘Quando detectamos toda aquela situação (de ambiente), nós fomos trabalhando e na semana passada já estava melhor. Mas esta semana está muito bom ficar aqui trabalhando e vendo as brincadeiras dos jogadores. Nós fomos ajudados. Até quem não brincava explicitamente com o Kleber está brincando agora. Tenho de agradecer a quem fez isso’, ironizou o treinador.