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Genial em campo, Mário Sérgio deixa ‘futebol arte’ como legado

Meio-campista de times memoráveis do futebol brasileiro, como o Fluminense e Inter da década de 1970, o carioca morre aos 66 anos de forma trágica

Por Da redação
Atualizado em 29 nov 2016, 20h08 - Publicado em 29 nov 2016, 20h08

O ex-jogador, técnico e comentarista Mário Sérgio Pontes de Paiva, que trabalhava no canal Fox Sports, é uma das ilustres personalidades entre as vítimas da queda do avião que levava a delegação da Chapecoense nesta terça-feira, além de jornalistas, dirigentes e convidados à cidade de Medellín, na Colômbia, para a final da Copa Sul-Americana.

Antes de se tornar comentarista de futebol na TV, na década de 90, na Bandeirantes, Mário Sérgio – morto aos 66 anos – foi um dos meio-campistas mais talentosos de sua geração, reconhecido pela habilidade e criatividade. É citado no livro “Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos”, dos jornalistas Paulo Vinicius Coelho e André Kfouri.

Cabeludo e rebelde, Mário atuava com as meias arriadas. Sempre vestindo a camisa 11, ele desempenhava a função de falso ponta-esquerda, meia e até armador. Ao longo de dezoito anos como jogador, Mário Sérgio colheu elogios na mesma proporção que recebeu críticas.

Nascido no Rio de Janeiro no dia 7 se setembro de 1950, Mário Sérgio começou a vida no futebol na base do Flamengo até chegar ao título da taça Guanabara, em 197o. É considerado um dos maiores jogadores da história do Vitória, onde começou a ter certo destaque na carreira após a passagem pelo Flamengo. Começou a jogar pelo clube em 1971, mas a glória veio no ano seguinte com a conquista do Campeonato Baiano.

Mário Sérgio, Mário Sergio, atuando pelo Fluminense
Mário Sérgio, atuando pelo Fluminense em meados da década de 1970, elenco que ficou conhecido como a “Máquina Tricolor” (Rodolpho Machado/Placar/)

Em 1975 saiu da Bahia para voltar ao Rio, desta vez vestindo a camisa do Fluminense para fazer parte da primeira versão da “Máquina Tricolor”, com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho. Mesmo com o título carioca de 1975, um desentendimento entre o então presidente do Fluminense, Francisco Horta, e Mário Sérgio acabou com sua passagem pelo clube das Laranjeiras. No Internacional, o carioca fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta, num meio de campo memorável com o ídolo Falcão.

Depois, teve também ótima passagem pelo futebol paulista, conquistando com o São Paulo o Campeonato Paulista de 1981. Por sua ginga, dribles e passes precisos, Mário Sérgio ficou conhecido em campo como “Vesgo”. Ele antevia a jogada e quando dava um passe ou um lançamento olhava de um lado e jogava no outro, daí o apelido.

Em 1983, foi contratado pelo Grêmio apenas para disputar o Mundial Interclubes, com o aval e admiração do técnico Valdir Espinosa. Junto com a equipe comandada na época por Renato Gaúcho, Mário Sérgio conseguiu mais um caneco para o currículo naquele ano.

Entre os clubes que passou, Mário colecionou a fama de indisciplinado, o que fatalmente o afastava da seleção brasileira, apesar do enorme talento. Ele chegou a fazer parte de toda a preparação da equipe nacional para a disputa da Copa de 1982, mas foi cortado na última convocação, substituído por Eder, do Atlético-MG.

Em 1987, Mário Sérgio deixou de jogar para ser treinador. Assumiu o Vitória como primeiro clube, passou por grandes equipes como Corinthians, São Paulo, Atlético-MG e Internacional. Seu último clube foi o Ceará, até 2010. Em 2001, iniciou a campanha do Atlético-PR vencedor do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Mário Sergio atuando pela Seleção Brasileira
Mário Sergio atuando pela Seleção Brasileira (Rodolpho Machado/Placar/)

(Com Estadão Conteúdo)

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