A polêmica das partidas disputadas sob alta temperatura parece estar de volta ao Campeonato Gaúcho. Dois anos depois do ‘Gauchão dos Termômetros’, quando a temperatura era verificada antes dos jogos a fim de preservar a saúde dos atletas, agora foi a vez do horário da última rodada da Taça Piratini virar alvo de críticas, especialmente por parte do Grêmio.
Todos os jogos da rodada final do primeiro turno ocorrerão às 16h20 deste sábado. O Grêmio irá enfrentar o São José no Estádio Passo d’Areia, em Porto Alegre. A previsão indica sol forte e calor de 35 C para a capital gaúcha. Como o jogo ocorre em grama sintética, a sensação de calor tende a aumentar. Sob o piso, há uma lona com brita, que retém as altas temperaturas.
‘É difícil manter a concentração com tanto calor, até porque você acaba ficando cansado mais rápido. Acho um absurdo fazer o jogo nesse horário’, disparou o lateral Gabriel, que vê na grama sintética outra dificuldade que o Tricolor terá de enfrentar. ‘Há uma certa diferença, até pelo costume. Estamos acostumados a treinar com grama natural. A bola fica mais rápida, principalmente quando a grama está molhada, e o piso é mais duro’.
Em fevereiro de 2010, Grêmio e São Luiz se enfrentaram às 17 horas de uma quarta-feira no Estádio Olímpico, sob sol forte e temperatura de 41 C. Ex-jogador e agora e comentarista de TV, Batista, chegou a desmaiar ao vivo antes da partida. Depois desse jogo, os árbitros começaram a levar um termômetro para o campo e verificar a temperatura antes de cada partida. Somente jogos abaixo dos 35 C eram autorizados a começar. Se a temperatura superasse essa marca, a partida seria adiada para a noite.