O diretor-geral da Liga Italiana de futebol, Francesco Ghirelli, ameaçou nesta segunda-feira suspender as partidas da 3ª e da 4ª Divisão no próximo fim de semana, caso os clubes que terão mando de campo não tenham garantido pelo menos um desfibrilador no gramado.
Esta exigência do dirigente italiano ocorre após o falecimento do jogador do Livorno, Piermario Morosini, de 25 anos, no sábado, devido a uma parada cardíaca sofrida durante a partida disputada com sua equipe da 2ª divisão em Pescara.
“Na quinta-feira queremos uma confirmação por escrito dos presidentes de todos os clubes de que, segundo o acordado no início da temporada, cada campo de jogo terá pelo menos um desfibrilador. Do contrário, nenhuma partida irá acontecer no domingo”, assegurou.
Os desfibriladores externos automáticos (AED) podem ser decisivos na hora de salvar vidas, pois permitem manter um coração pulsando enquanto a vítima é transportada para o hospital mais próximo.
Em todas as partidas da Série A e da Série B (1ª e 2ª Divisões italianas) há sempre um desfibrilador em campo, mas isso não ocorre nas divisões inferiores.
No incidente que resultou na morte de Morosini, havia um desfibrilador, mas se encontrava na ambulância. O veículo demorou vários minutos até chegar ao campo por culpa de um carro da polícia estacionado na entrada de emergência do estádio.
Os médicos não o utilizaram em Morosini, porque seu coração já tinha parado de bater, mas caso fosse necessário a sua utilização, a assistência médica com este aparelho seria atrasada, o que colocaria em risco a vida do jogador.
Segundo a Fundação Britânica do Coração, as possibilidades de sobrevivência em casos de parada cardíaca são reduzidas em 14% a cada minuto passado sem a utilização do desfibrilador na vítima.
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