O ídolo Ronaldo foi apresentado nesta quinta-feira como o homem forte da Copa do Mundo de 2014, anunciou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e também presidente do comitê organizador do Mundial, Ricardo Teixeira.
“É uma grande honra para mim aceitar este convite para enfrentar este desafio de realizar uma Copa do Mundo inesquecível em nosso país”, disse Ronaldo em uma entrevista coletiva à imprensa ao aceitar o posto.
“Eu quero passar otimismo, dar boas notícias e aproximar todos”, acrescentou o Fênomeno.
Ronaldo será um dos três integrantes do Conselho de Administração, composto por Ricardo Teixeira, que continua na presidência da entidade, e por outra pessoa a ser escolhida.
O presidente da CBF ressaltou a importância da imagem do ex-jogador para a organização do evento e explicou que o ídolo terá a tarefa de participar das decisões mais importantes e promover o evento internacionalmente.
“Nada melhor do que convocar o maior craque que representa esta excelência do futebol brasileiro”, afirmou Teixeira, que pediu um grande mutirão nacional por uma grande Copa do Mundo.
“Neste momento, precisamos de mais sintonia para acabar com qualquer desconfiança. Ronaldo será a nossa voz e ela será ouvida no mundo inteiro”, completou.
Já o ex-atacante negou que sua nomeação tenha sido feita para amenizar uma suposta crise no comitê organizador, que vive um clima tenso com o governo brasileiro e a Fifa.
“Não existe crise, há apenas desinformação. Temos vivido tempos de muitas incertezas, notícias destorcidas, notícias falsas, orçamentos que são superados e acho que é o momento ideal de aproximar todas as partes envolvidas neste processo”, declarou Ronaldo.
O ídolo também negou qualquer rivalidade entre Ricardo Teixeira e o presidente da Fifa, Joseph Blatter. “Não tem problema nenhum com Blatter e, se tiver, vamos resolver”, afirmou.
O ex-camisa nove também esclareceu que não há “conflitos de interesse ou tráfico de influência”, referindo-se às suas atividades na sua agência de marketing esportivo 9nine, além do fato de ter vínculos com marcas concorrentes de patrocinadores oficiais da Fifa ou da CBF.
“Tudo que eu conquistei, o dinheiro que ganhei foi jogando futebol ou usando minha imagem. No Comitê organizador, vou me concentrar na minha tarefa de fazer com que esta Copa seja inesquecível para todos”, explicou.
Ronaldo também se disse emocionado por ter a oportunidade de fazer parte de um projeto que poderá deixar um “grande legado” para o Brasil.
“Faço parte de uma geração que nunca viu uma Copa sendo realizada no Brasil. Esperamos por este momento desde 1950. Esta Copa do Mundo não é da FIFA, da CBF, do Comitê ou do governo. Ela é do povo. O povo tem que se sentir orgulhoso dessa Copa e participar dela”, completou.
Ronaldo ‘Fenômeno’, de 34 anos, que pendurou as chuteiras em junho deste ano, seguirá os passos de lendas do futebol, como o francês Michel Platini e o alemão Franz Beckenbauer, que participaram da organização dos Mundiais da França-1998 e da Alemanha-2006, respectivamente.
Em sua carreira de sucesso como jogador, o Fenômeno esteve em duas conquistas brasileiras em Copas do Mundo, nos Estados Unidos-1994 e em Coreia do Sul e Japão-2002, e foi vice-campeão na França-1998.
Com quinze gols marcados, ele é o maior artilheiro da história da competição. Também foi eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em três oportunidades (1996, 1997, 2002).