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Felipão: ‘Se perdi sozinho em 2014, ganhei sozinho em 2002’

Dois anos após vexame no Mineirão, treinador gaúcho segue acreditando em "apagão" e diz que trabalho vinha sendo bem feito até a semifinal

Por da redação
Atualizado em 21 dez 2016, 19h27 - Publicado em 17 dez 2016, 22h02

Desde o dia 8 de julho de 2014, data da trágica goleada por 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira diante da Alemanha, no Mineirão, o técnico Luiz Felipe Scolari evitava falar sobre a derrota mais dolorosa de sua carreira. Após dois anos na China, onde conquistou diversos títulos pelo Guangzhou Evergrande, o treinador gaúcho de 68 anos aceitou recordar o trauma. Mas se recusou a aceitar o papel de principal culpado.

O treinador citou o pentacampeonato, conquistado em 2002 na Coreia do Sul e no Japão, para dividir as responsabilidades. “O mínimo que eu posso dizer aos que querem me culpar é que, se sou o culpado pela derrota de 2014, então sou o único responsável pela vitória de 2002. Eu pergunto: quem é o último campeão do mundo com o Brasil? Sou eu. Então, se perdi sozinho a Copa de 2014, ganhei sozinho a Copa de 2002”, afirmou ao recém-criado site Chuteira FC.

Para Felipão, o resultado daquela semifinal não refletia as realidades de Brasil e Alemanha. O gaúcho entende que as seleções viviam estágios parecidos e repetiu a tese do “apagão” – desta vez chamada de “uma falha coletiva geral”. Felipão evitou usar a lesão de Neymar, o choro no hino, as opções na convocação ou até mesmo os problemas dentro da CBF como fatores implicantes para que a goleada acontecesse.

“Até aquele jogo da semifinal não havia uma grande diferença entre Brasil e Alemanha. De nada adianta falar que a Granja (Comary) aberta prejudicou, que a confederação (CBF) atrapalhou, que isso ou aquilo do nosso comprometimento com o país, a pressão da Copa ser aqui, que nossa atitude poderia ter sido diferente. Se jogássemos fechados. O resultado do nosso trabalho não vinha sendo ruim. Estava bem feito. Naquele jogo deu errado. Os alemães foram felizes e nós, não. Às vezes procuram muitas explicações no futebol onde não se tem”, simplificou, se esquecendo que o Brasil não jogou bem em nenhuma das outras cinco partidas.

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De férias no Brasil, mas com contrato renovado com o Guangzhou Evergrande, Felipão se mostrou bem satisfeito com o futebol chinês e saiu em defesa dos técnicos brasileiros, que passaram a ser questionados justamente após o Mundial de 2014, principalmente na comparação com os europeus.

“Eu te pergunto: quem é o campeão brasileiro de 2016? O Cuca com o Palmeiras. Onde ele estava antes? Na China. Quem é o campeão da Copa do Brasil? Renato Gaúcho com o Grêmio. Onde ele estava antes? Na praia. Nenhum deles foi à Europa estudar. Cuca e Renato, cada um a seu jeito, se aperfeiçoaram. Muita gente imagina que é fácil ser técnico no Brasil. Não é nada fácil. Tu olha os estrangeiros que chegam aqui. Não duram muito tempo”, opinou.

 

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