O suíço Roger Federer e o escocês Andy Murray se enfrentam neste domingo na final do Grand Slam de Wimbledon, na qual ambos podem alcançar marcas históricas.
Caso Federer vença, ele conquistará o heptacampeonato na grama londrina, igualando o recorde do americano Pete Sampras e voltando assim a ocupar a liderança do ranking da ATP, desbancando o sérvio Novak Djokovic, que derrotou nas semifinais. Assim, o suíço poderá se igualar a Sampras em outro quesito, ao somar 286 semanas na posição de número um do mundo.
Já a presença de Murray gera uma expectativa enorme porque ele acabar com um jejum de 76 anos sem um campeão britânico em Wimbledon, desde o título de Fred Perry na edição de 1936.
“Nunca joguei mal numa final em Wimbledon. Na única que perdi, o jogo terminou em 9 a 7 no quinto set”, lembra Federer, lembrando seu duelo antológico com o espanhol Rafael Nadal na decisão do torneio de 2010.
Aos 30 anos, o suíço disputará neste domingo a 24ª final da sua carreira num Grand Slam, a oitava em Wimbledon.
O atual número três do mundo deixou a liderança do ranking pela última vez em maio de 2010, perdendo a posição para Nadal, que foi desbancado por Djokovic há um ano, após a vitória do sérvio na última edição do torneio londrino.
Além de igualar os dois recordes de Sampras, Federer por se tornar o segundo tenista mais velho da história a ocupar a posição de número um do mundo, ficando somente atrás de Andre Agassi, que conseguiu tal façanha aos 33 anos.
Para Murray, a pressão de ter que quebrar um tabu de 76 anos dos britânicos em Wimbledon pode ser o principal obstáculo, ainda mais porque aos 25 anos, ele disputará sua primeira final na grama londrina.
Um dos torcedores mais fervorosos do tenista da casa é o primeiro ministro David Cameron, que fez hastear a bandeira da Escócia ao lado do tradicional ‘Union Jack’, do Reino Unido, na sua residência do 10th Downing Street.
Murray tem um retrospecto positivo contra Federer, com 8 vitórias e 7 derrotas em 15 partidas, mas o suíço já o derrotou em duas finais de Grand Slam, em 2008, no US Open, e em 2010, no Aberto da Austrália, quando conquistou seu 16º e último torneio desta categoria.
Das 23 decisões de Grand Slam que disputou, Federer perdeu sete, seis contra seu ‘carrasco’ Nadal e uma contra o argentino Juan Martín Del Potro.
O suíço fez um ótimo início de temporada, ao conquistar quatro torneios (Roterdã, Dubai, Indian Wells e Madri), e mostrou um grande nível de jogo nesta edilão de Wimbledon, principalmente na semifinal contra Djokovic, que superou por 6-3, 3-6, 6-4 e 6-3.
No total, passou quatro horas e meio a menos que Murray em quadra.
Sua partida mais difícil foi na terceira rodada, quando derrotou o francês Julien Benneteau de virada em cinco sets após ter perdido os dois primeiros.
Nas oitavas, derrotou o belga Xavier Malisse em quatro sets, mas levou um susto ao sentir dores na coluna, precisando ser atendido no vestiário.
Murray teve uma campanha mais conturbada, com vitórias complicadas em quatro sets sobre gigante croata Ivo Karlovic na segunda rodada, o alemão Philipp Kohlschreiber nas quartas de final e sobre o francês Jo-Wilfried Tsonga nas semifinais.
Qualquer que seja o vencedor da final deste domingo, uma nova página será escrita na história do tênis mundial.