Roma, 8 mai (EFE).- A Federação Italiana de Futebol (FIGC) informou nesta terça-feira que 22 clubes e 61 pessoas físicas estão sendo investigadas por supostas combinações de resultados e fraudes em apostas.
De acordo com a federação, os investigados serão informados oficialmente do processo nesta quarta, quando serão divulgados os nomes dos envolvidos.
Entre as 61 pessoas envolvidas, estão 52 jogadores em atividade no momento das supostas irregularidades e quatro diretores, além de 33 partidas futebol, entre elas 29 da segunda divisão e duas de diferentes edições da Copa da Itália.
Conforme foi publicado na capa da edição desta terça-feira do jornal ‘La Gazzetta dello Sport’, que cita filtragens da investigação, entre os clubes que serão processados pela Justiça Desportiva italiana estão a Atalanta, o Novara e o Siena, que nesta temporada disputam a primeira divisão.
O escândalo pela suposta fraude nas apostas esportivas veio à tona em junho passado, quando a Promotoria Cremona, no norte da Itália, que levou a investigação pela via penal, ordenou a detenção de 16 pessoas, às quais se somaram outras 17 em dezembro e duas mais em fevereiro.
Entre os detidos em dezembro estava o ex-capitão da Atalanta Cristiano Doni. Em junho, foi preso o ex-atacante Giuseppe Signori, que defendeu Lazio e Sampdoria, entre outros times.
Os suspeitos são acusados pela FIGC, segundo a própria entidade, de terem ‘se associado para cometer uma série indeterminada de irregularidades disciplinares, entre as quais estão irregularidades esportivas e realização de apostas ilícitas’.
A federação considera, além disso, que os denunciados agiram ‘com condutas destinadas a alterar o desenvolvimento regular e o resultado de partidas dos campeonatos nacionais com o objetivo de se enriquecer ilicitamente’.
Os investigadores acreditam que os suspeitos condicionaram ou tentaram condicionar durante vários meses, até a última temporada, os resultados de alguns jogos de várias divisões do futebol italiano para conseguirem grandes lucros através das apostas esportivas.
Por causa da investigação, a Atalanta começou a disputa da primeira divisão com seis pontos a menos, enquanto o Chievo chegou a um acordo pelo qual pagou 80 mil euros pela chamada ‘responsabilidade objetiva’ no caso. EFE