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Empresário diz que sorteios da Copa do Mundo são manipulados

Benny Alon, o empresário que derrubou Jêrôme Valcke da Fifa, revelou que sorteio para o Mundial de 1994 beneficiou patrocinadores

Por Da Redação 14 jul 2016, 11h06

O empresário israelense Benny Alon, conhecido por denunciar Jêrôme Valcke e tirá-lo do cargo de secretário-geral da Fifa, afirmou nesta quarta-feira que os sorteios das chaves da Copa do Mundo podem ser manipulados. Alon, que por anos trabalhou na organização de Mundiais em parcerias com países-sede e empresas que organizam a venda de ingressos, tem colaborado com a Justiça suíça nas investigações sobre corrupção no futebol.

O executivo israelense enfrenta uma batalha judicial milionária contra a Fifa – que também o acusa de irregularidades. Segundo Alon, houve sorteios bastante suspeitos, sobretudo o da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. “Um dia antes do sorteio, estava com os organizadores que me confirmavam a pressão do México para jogar em Orlando”, contou.

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A cidade atendia aos interesses dos patrocinadores, pois receberia um número enorme de torcedores mexicanos. Quando o sorteio ocorreu, o México caiu justamente no Grupo E, que se dividiria entre Washington e Orlando.  “Não sei como fizeram com as bolinhas, mas o pedido dos mexicanos foi atendido no sorteio”, indicou Alon, que desde o Mundial de 1990 atuava nos bastidores.

Naquela época, o “homem das bolinhas” era Joseph Blatter, secretário-geral da Fifa e responsável por organizar os sorteios. Em junho deste ano, Blatter, já afastado da presidência, confirmou que sorteios para torneios internacionais já foram alvos de manipulação. Mas garantiu que, sob seu mandato na Fifa, isso “jamais ocorreu”.

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Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Blatter insistiu que a manipulação ocorria apenas na Europa, com o uso de bolas frias para que a pessoa que fizesse o sorteio pudesse escolher de maneira a atender a interesses – papéis com os nomes das seleções são tradicionalmente colocados nessas bolas e, teoricamente, misturados.

“Claro que é possível sinalizar as bolas, ao esquentar ou esfriá-las. Bolas são colocadas na geladeira antes do sorteio. A mera comparação entre umas e outras ao tocá-las já determina as bolas frias e quentes. Ao tocar, já se sabe o que há” disse o cartola suíço. “Fui testemunha disso em sorteios no nível europeu. Mas nunca na Fifa”, completou Blatter.

Sobre o sorteio para a Copa de 2014, no Brasil, que teve a Argentina como uma das mais “sortudas”, Blatter garantiu que tudo ocorreu dentro das regras, sem qualquer manipulação. “O sorteio foi limpo. Eu nunca toquei nas bolas, algo que outros fizeram”. A Fifa não reagiu às últimas denúncias de Benny Alon.

(com Estadão Conteúdo)

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