Em julgamento sobre um suposto caso de corrupção na compra dos direitos comerciais da Fórmula 1 pelo grupo britânico CVC, o sócio da empresa Donald Mackenzie declarou que, à época da transação, em meados de 2005, nenhuma outra empresa estaria disposta a se envolver no negócio devido aos problemas que estavam cercando a categoria, com equipes ameaçando abandonar a F-1. Por conta disso, Mackenzie disse que a oferta feita pela CVC deveria ser considerada um grande negócio.
‘Nós eramos, de fato, os únicos de um grupo pequeno de empresas que poderia comprá-los (direitos econômicos), então nossa oferta deveria ser encarada como um presente dos céus’, afirmou o sócio da empresa britânica.
O julgamento na corte de Munique está sendo realizado para investigar as acusações de pagamento de propina pelo presidente Formula One Management (FOM), Bernie Ecclestone, ao ex-gerente do banco BayernLB, Gerard Gribkowski. O dinheiro teria sido oferecido por Ecclestone para que Gribkowski avaliasse os valores da categoria com um preço abaixo do mercado.
Em troca, Gerard Gribkowski teria devolvido o dinheiro a Bernie com recursos do banco alemão, em duas remessas destinadas ao grupo Bambino, de propriedade de Ecclestone, como um suposto pagamento por serviços de consultoria.
Segundo as acusações do Ministério Público da Alemanha, o ex-gerente teria recebido cerca de US$ 44 milhões (R$ 81 milhões) em propina do chefe da Fórmula 1. Parte da quantia foi emprestada pelo então chefe da Renault, Flávio Briatore.
Bernie Ecclestone insiste que foi chantageado pelo ex-gerente do BayernLB para participar da transação.