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Em clima de Libertadores, Brasil bate Colômbia e chega à semi

Seleção brasileira supera truculência dos colombianos e faz 2 a 0 em Itaquera. Neymar desencanta e time cresce na reta final da Rio-2016

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 ago 2016, 16h54 - Publicado em 13 ago 2016, 23h56

O espírito olímpico passou longe de Itaquera, mas a congelante noite em São Paulo terminou com festa brasileira. Em jogo truncado, com “clima de Libertadores” e faltas violentas (especialmente por parte dos colombianos), o Brasil venceu a Colômbia por 2 a 0, em São Paulo, e se classificou às semifinais da Olimpíada do Rio de Janeiro. Neymar, que era dúvida para o jogo e tinha péssimo histórico contra o adversário, desencantou: marcou, de falta, o primeiro gol e confirmou sua redenção na competição – apesar de, muito nervoso diante da truculência do adversário, ter corrido risco de ser expulso. Já perto do fim, Luan, em finalização com extrema categoria, marcou o segundo e fechou a festa em Itaquera.

A apatia das duas primeiras partidas já faz parte do passado. O Brasil entrou ligado desde o início e se portou bem diante da boa (e maldosa) equipe colombiana. O técnico Rogério Micale manteve o time que goleou a Dinamarca e viu um melhor entrosamento de seus quatro atacantes. A dupla de zaga Marquinhos e Rodrigo Caio também esteve impecável e o Brasil chegou à merecida vitória.  O adversário da semifinal será Honduras, que mais cedo bateu a Coreia do Sul por 1 a 0 no Mineirão. O jogo acontece na próxima quarta-feira, às 13h no Maracanã.

O jogo já começou em ritmo muito acelerado e com divididas fortes. Gabriel Jesus era um dos mais animados e até exagerou na força em algumas entradas. A Colômbia assustou primeiro, em bola recuada por Rodrigo Caio que complicou o goleiro Weverton. O colombiano Harold Preciado dividiu a bola, que saiu pela linha de fundo.

O jogo seguiu tenso e catimbado e justamente numa falta dura saiu o primeiro gol. Neymar, que havia sofrido a infração, bateu forte, furou a barreira e acertou o canto direito de Cristian Bonilla, que não chegou. O capitão, que marcou muitos gols de falta nos treinos, mas estava descalibrado nos jogos, fez seu primeiro gol na Olimpíada e recebeu o carinho da torcida paulistana.

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O Brasil seguia jogando bem, com Gabriel Jesus levantando a torcida com dribles, e Neymar muito disposto. O camisa 10 jogou bem adiantado, quase sem obrigações defensivas, enquanto Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa, abertos pelas pontas, ajudavam bastante os laterais na marcação. Renato Augusto, bastante celebrado (especialmente pela torcida corintiana) antes de o jogo começar, fez sua melhor partida. Bem na marcação, o camisa 5 também apareceu no ataque com qualidade.

Atrás no placar, a Colômbia abusou da violência e estava disposta a tirar Neymar do sério – novamente. As lembranças do chilique que tirou o camisa 10 da Copa América de 2015, além da entrada de Camilo Zúñiga que o tirou da Copa de 2014, pareciam ainda atormentar o atacante. No fim da primeira etapa, Neymar teve uma grave recaída. Sofreu falta dura, sem bola, e ficou no chão. Na sequência, a Colômbia não devolveu a bola ao Brasil e o capitão deu um pontapé no adversário Roa, dando início a uma confusão que envolveu até as comissões técnicas. Neymar levou amarelo, mas poderia até ter sido expulso.

O “clima de Libertadores” tomou conta da partida e o juiz turco Cuneyt Cakir perdeu totalmente as rédeas. Os colombianos seguiam caçando Neymar – foram cinco faltas na primeira etapa – e Helibelton Palacios, que já tinha cartão amarelo, deu uma cotovelada desleal em Gabriel Jesus, mas foi perdoado pelo árbitro. Em certo ponto da partida, Renato Augusto chegou a pedir calma aos mais jovens, como Gabriel Barbosa. A primeira metade terminou com 14 faltas para a Colômbia e sete para o Brasil.

Jogadores de Brasil e Colômbia brigam durante jogo pelas quartas de final, nas Olimpíadas Rio 2016
Jogadores de Brasil e Colômbia brigam durante jogo pelas quartas de final, nas Olimpíadas Rio-2016 (Alexandre Schneider/Getty Images)

A Colômbia mexeu no intervalo e pôs a campo um famoso carrasco do país: Miguel Borja, artilheiro e campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional, que marcou contra o São Paulo na ida e na volta das semifinais. E Borja já começou causando problemas: arriscou de fora da área para defesa de Weverton. Pouco depois, um ex-são-paulino, Dorlan Pabón, também arriscou de fora e o goleiro brasileiro espalmou.

O Brasil respondeu em boa combinação de Renato Augusto com Luan. O atacante do Grêmio chutou, a bola bateu na mão de Deivy Balanta, mas o árbitro não considerou pênalti. O jogo seguiu aberto, com a Colômbia forçando os contra-ataques, mas Marquinhos e Rodrigo Caio estavam intransponíveis. O zagueiro do São Paulo ainda quase marcou de cabeça após falta cobrada por Neymar. Vendo que a Colômbia soltou seus três atacantes, Rogério Micale sacou Gabriel Barbosa, apagado, e colocou o volante Thiago Maia.

O jogo seguiu muito marcado e o Brasil só chegou ao gol do alívio aos 38 do segundo tempo, quando Neymar achou Luan e o atacante gremista acertou um chute com categoria, por cobertura. Ainda houve tempo para mais faltas dos colombianos e muita comemoração dos atletas e torcedores ao apito final.

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