Bernie Ecclestone, presidente da FOM (Fórmula One Management), voltou a apoiar um limite no orçamento das escuderias na Fórmula 1 na segunda-feira. O dirigente acredita que é preciso considerar a ideia de regular os investimentos para garantir maior equilíbrio à competição.
‘Muitas pessoas vem a Fórmula 1 com otimismo exagerado. Elas enxergam o mundo do jeito que gostariam que ele fosse: lindo, maravilhoso. Mas não é assim. O lado ruim desse otimismo é que ele te cega à realidade’, declarou em entrevista ao site oficial da Fórmula 1.
O inglês se aprofundou na questão dos gastos excessivos da modalidade atualmente: ‘As equipes precisam aprender a serem competitivas sem gastar toneladas de dinheiro. Precisam voltar a focar nos aspectos básicos – na corrida, nos gastos esportivos – e não mais em motorhomes baroniais e similares’.
O dirigente acredita que seria necessário intervir nas regras para mudar o cenário atual de gastos exagerados, revisitando a ideia de impor um limite orçamentário às escuderias.
‘Temos o problema de que as equipes ricas gastam tudo o que podem. Poderíamos instalar um limite obrigatório nos gastos das escuderias tomando por base a capacidade financeira das equipes menores, mas é claro que as grandes escuderias não aceitam isso e lutam contra uma regra desse tipo’, analisou.
Quando perguntado, Ecclestone mostrou acreditar que uma lei desses moldes pode ser aprovada num futuro próximo, apesar da oposição das principais equipes. ‘Eu ficaria satisfeito. Sim, pode acontecer’, afirmou.
Uma iniciativa nesse sentido não seria novidade. Em 2009, a FIA e a FOM tentaram definir um limite de 40 milhões de libras (cerca de R$110 milhões) aos investimentos, mas a proposta acabou sofrendo com a forte oposição das escuderias e não foi colocada em prática.