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Djokovic fala a VEJA: ‘Não sabíamos o que o amanhã nos traria’

Em entrevista exclusiva, o tenista número 1 do mundo relembra as dificuldades de ter crescido na Sérvia em meio aos horrores da guerra

Por Alexandre Salvador Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jul 2016, 08h20

Como dedicar atenção ao torneio olímpico numa temporada tão concorrida da ATP? A Olimpíada é o evento mais renomado da história do esporte. Acontece apenas a cada quatro anos e, por isso, estará sempre na minha lista de prioridades. Ficarei muito honrado e me sentindo um privilegiado por representar a Sérvia.

Você sente que, graças ao seu sucesso, os sérvios podem agora se orgulhar abertamente de sua nacionalidade? As feridas da guerra ainda estão cicatrizando, mas não consigo odiar alguém por sua etnia. Tenho a sorte de ter tido meus pais e pessoas próximas como mentores, que me ensinaram a perdoar, a sempre ver o melhor em cada um. A geração mais nova está seguindo em frente, pois percebeu que da guerra ninguém sai vencedor. Fico contente em ouvir que muitos dos sérvios se sentem orgulhosos de seu país por eu ser quem sou e pelo que conquistei. Eles são o meu povo, e sei muito bem os tempos difíceis pelos quais passaram.

Que responsabilidade, não? Sim. Sempre quis estar na posição de ter influência suficiente para provocar uma mudança. De inspirar as pessoas, especialmente as crianças, a querer ter sucesso na vida, no esporte. Então me sinto grato por ter tido essa oportunidade.

Ser criado em meio ao terror da guerra teve que tipo de influência em sua carreira? Isso me tornou mais calejado. Definitivamente, fui criado em circunstâncias muito diferentes das vividas por meus colegas esportistas. Os problemas ajudaram a moldar o jogador que sou hoje, a desenvolver a força do meu caráter. Ao olhar para trás, é lógico que escolheria não passar por aquelas situações novamente, mas eram parte da vida que tínhamos de aceitar.

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Você pode dar um exemplo? Comemorar meu aniversário de 12 anos em Belgrado com aviões militares sobrevoando a cidade. Isso nos fazia sentir tão indefesos, não sabíamos se seríamos bombardeados ou não. Esse cenário perdurou por dois meses e meio. Não sabíamos o que o amanhã nos traria. Tínhamos de acordar bem cedo para pegar a fila do pão e do leite, devido ao embargo. Ou seja, muitas situações políticas, econômicas adversas e de risco de vida. No fim das contas, saímos dessa experiência unidos e mais fortes como povo. Se passamos por isso, conseguimos sobreviver a qualquer coisa.

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