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Desorganização e azar já estragam sequência da seleção

Mano enfim teria longo período de preparação. Sem Ganso e Daniel Alves - e sem Neymar no primeiro amistoso, sábado -, a série de jogos é prejudicada

Por Da Redação
24 Maio 2012, 07h43

Mano terá no máximo quatro partidas amistosas em todo o segundo semestre antes de entrar em 2013, ano em que já disputa a Copa das Confederações, o grande ensaio para o Mundial de 2014

A pouco mais de dois anos da Copa do Mundo, a seleção brasileira não tem time definido, não tem a confiança de sua torcida e não tem noção clara de quanto é capaz de evoluir até o Mundial disputado em casa. A partir da manhã desta quinta-feira, começaria uma etapa decisiva para seu futuro: os convocados pelo técnico Mano Menezes se encontram na Alemanha para formar o grupo que disputará uma sequência de quatro importantes amistosos. A rara oportunidade de ter o grupo todo reunido poderia ser a oportunidade de ouro para Mano enfim montar uma equipe titular e entrosar esses jogadores para as etapas finais de preparação para a Copa. Mas os planos já foram por água abaixo. Desorganização e uma boa dose de azar já comprometeram o resultado da série de amistosos antes mesmo que os jogadores se reunissem.

Leia também: Como Mano pode recuperar a seleção (e salvar o emprego)

A seleção que jogará contra a Dinamarca (no sábado, na Alemanha) e contra EUA, México e Argentina (entre os dias 30 de maio e 9 de junho, nos EUA) já tem uma ausência irremediável – Paulo Henrique Ganso, escolhido por Mano para ser o camisa 10 e o principal articulador do time, passará por uma artroscopia e foi cortado dos amistosos na quarta. No primeiro jogo, também não joga Neymar, o principal craque da equipe – por causa do calendário defeituoso, a seleção teve de liberar o jogador, que disputa uma partida decisiva da Libertadores também nesta quinta. Ele segue direto ao segundo amistoso. Um dos poucos jogadores com vaga de titular garantida, o lateral Daniel Alves, também está fora da série de amistosos, por causa de uma contusão. Acredita-se que ele era candidato até mesmo a ocupar uma das vagas de jogadores acima dos 23 anos na Olimpíada de Londres.

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Leia também: O inédito ouro olímpico da seleção – é agora ou nunca mais

A busca pela inédita medalha de ouro olímpica, aliás, também influencia nos planos de Mano Menezes. O técnico e seu diretor de seleções, Andrés Sanchez, acreditavam que era necessário priorizar a Copa, o que permite imaginar que sua convocação para os quatro amistosos seria bem diferente não fosse pela intervenção do novo presidente da CBF, José Maria Marin. Sabendo que precisa de uma conquista para ganhar legitimidade no cargo, Marin ordenou que a medalha de ouro em Londres virasse a prioridade do momento. Mano acatou a ordem e chamou um grupo jovem, que servirá de base à seleção olímpica, com atletas que são uma incógnita com a camisa da seleção principal, como Wellington Nem, Rômulo, Giuliano, Bruno Uvini e Alex Sandro. Pouco antes da convocação, Marin deixou claro – publicamente – que não queria a convocação de Ronaldinho Gaúcho, que vinha sendo chamado por Mano.

Leia também: A dois anos da Copa em casa, a seleção não é nem ‘top 5’

O resultado dessa conjunção de fatores é preocupante para o técnico da seleção. Se tivesse Ganso e Neymar juntos na série de amistosos e pudesse jogar sem a pressão de montar a equipe olímpica, ele poderia aproveitar os amistosos na Alemanha e nos EUA para reforçar sua base titular. Agora, terá no máximo quatro partidas amistosas em todo o segundo semestre antes de entrar em 2013, ano em que já disputa a Copa das Confederações, o grande ensaio para o Mundial de 2014. Isso, é claro, se for capaz de manter o emprego – acredita-se que Marin esteja disposto a demitir Mano caso o técnico não conquiste o ouro em Londres. Nesse caso, a seleção conseguiria algo que pode parecer impossível: ficaria ainda mais atrasada e despreparada para a Copa do que está no momento. Afinal, a substituição no comando da equipe devolveria o Brasil à estaca zero, a 24 meses da Copa em casa.

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