O fiasco na ‘cavadinha’ do meia Léo Rocha, dada durante a disputa de penalidades máximas diante do Botafogo, continua repercutindo no mundo do futebol. Demitido do Treze-PB e xingado pelos jogadores do Botafogo após a defesa de Jefferson, o atleta se defendeu das críticas e explicou os motivos que o levaram a cobrar dessa forma.
Em entrevista concedida ao canal ‘ESPN Brasil’, Léo Rocha afirmou que o técnico Marcelo Villar não treinou a cobrança de pênaltis com o grupo de jogadores. Assumindo toda a responsabilidade pelo erro que custou a vaga na próxima fase da Copa do Brasil, o armador rechaçou a possibilidade de ter aplicado a jogada de efeito para humilhar o Alvinegro e reforçou a ideia de que este é o melhor modo para se superar o arqueiro adversário.
‘Essa é a minha forma de bater e é uma opção minha. Eu me sinto mais confiante assim. Se existiu falta de respeito ali, ela partiu dos jogadores do Botafogo, que me xingaram após o lance. Eu não quis desrespeitar ninguém. Sempre vi o Djalminha cobrando dessa forma e me inspirei nele para cobrar dessa maneira’, revelou o atleta desempregado.
Com relação ao modo como foi tratado pelos botafoguenses, Léo Rocha disse que não guarda mágoa de ninguém e lembrou que o uruguaio Loco Abreu também é um especialista em cobrar pênaltis dessa forma. ‘O próprio Jefferson disse que exagerou depois. Eles sabem disso, mas eu não tenho raiva deles. O Loco bate pênalti dessa mesma forma e poderia ser ele errando o alvo lá.’
O jogador também esclareceu detalhes sobre sua demissão da equipe de Campina Grande. Informado nos vestiários do Engenhão que não seguiria mais defendendo a equipe, Léo Rocha contou como o presidente Fábio Azevedo o informou da rescisão de contrato e mostrou compreensão ao comentar sobre o silêncio adotado pelo elenco paraibano após o ocorrido.
‘No túnel para os vestiários, o professor Marcelo Villar me perguntou os motivos de eu não ter batido mais sério. Eu falei que aquela era minha forma de cobrar. Após eu deixar o exame de dopping, o presidente chegou em mim e disse que eu não precisava nem voltar para Campina Grande. O Vavá ainda tentou me defender, mas eu pedi para que ele se mantivesse afastado, pois a decisão do dirigente é soberana no clube’, encerrou o armador.