Del Valle surpreende Boca e chega à final da Libertadores
Equipe equatoriana, que jamais conquistou um título importante, venceu na Bombonera por 3 a 2 e enfrentará o Atlético Nacional na decisão
O até então desconhecido Independiente del Valle, do Equador, fez história na Copa Libertadores na noite desta quinta-feira. Precisando de um empate contra o tradicionalíssimo Boca Juniors em La Bombonera, a equipe da cidade de Sangolquí fez mais: venceu por 3 a 2 e chegou à decisão da Libertadores pela primeira vez. Seu adversário na decisão será o Atlético Nacional de Medellín em uma inédita final entre Equador e Colômbia.
O Del Valle, que jamais conquistou um título equatoriano de primeira divisão, vem derrubando gigantes do continente ao longo da campanha. O time começou sua trajetória ainda na fase preliminar e, em sua chave, eliminou o Colo Colo, do Chile. Depois, no mata-mata, despachou o atual campeão River Plate e o Pumas, do México.
Arbitragem e clubes brasileiros: duas vergonhas na Libertadores
Esta será a primeira final desde 1991 – entre Colo-Colo, do Chile, e Olimpia, do Paraguai –, sem uma equipe brasileira ou argentina. As decisões acontecem nos dias 20 e 27 de julho. O primeiro jogo da decisão será no Equador e o segundo na Colômbia, já que o Atlético Nacional, por possuir a melhor campanha do torneio, tem o direito de decidir o título em casa.
O jogo – Logo no início, a partida parecia que tomaria o rumo esperado. Seis vezes campeão do torneio, o Boca saiu na frente logo aos três minutos com gol de Cristian Pavón. Os equatorianos, no entanto, empataram ainda na primeira parte, com Luis Caicedo.
Na segunda etapa, o Independiente del Valle aproveitou uma pane do time argentino e definiu a classificação com dois gols em menos de um minuto. Brayan Cabezas, em jogada que começou com chutão do goleiro, e Julio Angulo, aproveitando uma falha grotesca na saída de bola do goleiro Agustín Orión, tiraram qualquer esperança de reação do Boca.
O uruguaio Nicolás Lodeiro, ex-Botafogo e Corinthians, frustrou ainda mais a torcida argentina ao desperdiçar um pênalti muito mal cobrado. No fim, Pavón marcou mais um gol, em bonito chute de fora da área, mas, como havia perdido o jogo de ida por 2 a 1 em Quito, o Boca Juniors precisaria de mais três gols para avançar.
A imprensa argentina tratou a derrota do Boca, observada pelo ídolo Diego Armando Maradona nos camarotes da Bombonera, como um grande vexame. O diário esportivo Olé falou em “papelão” e criticou a apatia de Carlitos Tevez, grande estrela do clube, que pouco pegou na bola.