
O Cruzeiro é líder do Campeonato Brasileiro por conta de sua postura defensiva, dentro e fora de casa, o que já garantiu 13 pontos e uma vitória diante do Vasco, por 3 a 1, neste sábado. Incomodado com o futebol ‘destruidor’ do time mineiro, o técnico Cristóvão Borges viu seu adversário cumprindo à risca uma estratégia com a qual ele não concorda.
‘A estratégia do Vasco não teve sucesso e o Cruzeiro foi bastante competente. É menos difícil construir do que destruir (jogadas ofensivas). Se o jogo ficasse três dias sendo disputado ia continuar 0 a 0, porque não iam mudar a postura’, criticou Cristóvão Borges, que ainda completou o raciocínio: ‘Não só os nossos atacantes foram muito bem marcados, mas eles estavam fechados e a gente afunilou, o que facilita a marcação’.
O Cruzeiro abriu o placar já no primeiro tempo, com gol de Montillo. Cristóvão considerou o tento ‘achado’ pelo time mineiro, que ampliou aos 17 minutos do segundo tempo, com Wellington Paulista, de cobertura. O Vasco reagiu com Rodolfo, aos 20, mas deu espaço para Anselmo Ramón definir a vitória cruzeirense aos 35 minutos, em falha de Fernando Prass.
‘Tivemos bastante dificuldades nessa partida. Até já imaginávamos o Cruzeiro com essa proposta de jogo e tínhamos conversado durante a semana. Eles fecharam bastante, isso é lógico, para jogar no contra-ataque e no nosso erro. Eles conseguiram dificultar e a gente não soube fazer as jogadas que tínhamos treinado’, disse Cristóvão, justificando os 3 a 1 sofridos dentro de São Januário.
Considerando o Cruzeiro como um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro, assim como o Vasco, Cristóvão fez questão de elogiar o argentino Montillo, autor do primeiro gol e principal nome da equipe mineira dentro de campo: ‘Falamos bastante sobre a marcação no Montillo, porque ele é criativo e nós tínhamos que bloquear isso. Fizemos isso durante 25 minutos, aí depois é natural a marcação afrouxar. Demos distância, o Montillo começou a jogar e quando isso acontece ele é bastante perigoso’.