O Corinthians informou nesta sexta-feira, por meio de uma nota em seu site oficial, que demitiu o atacante Adriano por justa causa no dia 12 de março. Foi a única manifestação do clube sobre o assunto: dirigentes, membros do departamento jurídico e até o técnico Tite adotaram o silêncio.
‘Eu fui instruído a não fazer nenhum comentário relacionado ao Adriano’, avisou o treinador, que ficou quieto por alguns segundos ao ser questionado se sabe de alguma coisa que não pode ser revelada. A resposta foi enigmática: ‘o vestiário é do Corinthians, não é meu’.
Cauteloso, o Timão não se pronuncia para evitar dar armas jurídicas aos representantes do jogador. Por contrato, o clube deveria pagar ao Imperador o valor integral dos salários restantes até 30 de junho de 2012, último dia de vínculo, o que gira em torno de R$ 1,8 milhão. Com a demissão por justa causa, não é mais preciso desembolsar a quantia.
Na nota publicada na internet, o Corinthians manifesta que permanece aberto ao diálogo com o procurador do Imperador em busca de um acordo financeiro. Caso as partes não se acertem, Adriano tem direito de contestar na Justiça os motivos de sua demissão.
Quando anunciou a saída do centroavante, o Alvinegro falou em ‘comum acordo’ e justificou a decisão alegando apenas que o atleta não se dedicou como deveria para entrar em forma. Agora, a versão oficial é de que há fatos que não foram expostos porque ‘dizem respeito somente às partes envolvidas’.
Não é segredo que Adriano perdeu algumas sessões de fisioterapia após operar o tendão de Aquiles da perna esquerda, em abril do ano passado. Após se juntar aos companheiros, ele faltou a pelo menos dois treinos e recebeu multas da diretoria, que acredita estar respaldada para vencer a iminente batalha jurídica.