Emerson Leão foi contratado pelo São Paulo em outubro por sua fama de comando energético, última solução encontrada pelo presidente Juvenal Juvêncio para tentar salvar o ano, ao menos, com vaga na Libertadores. A classificação não ocorreu e o técnico passou a ter sua continuidade contestada por conta de um aproveitamento de 41,6% em 2011. Hoje, porém, o ex-goleiro somou 80,7% dos pontos que disputou neste ano. E abre um sorriso.
O bom desempenho, com somente uma derrota na temporada, é, para o comandante, uma resposta a quem apontava ‘prazo de validade’ em seu trabalho. ‘Trabalho 48 anos no futebol, me parece um prazo de validade um pouco avançado’, ironizou o técnico, insistindo nos números como defesa. ‘As pessoas são medidas pelos seus índices.’
E as estatísticas do Tricolor de Leão são incontestáveis. O time vem de nove vitórias consecutivas, ostentando uma invencibilidade de 12 partidas. Só perdeu para o Corinthians por 1 a 0, em 12 de fevereiro. ‘E jogamos com um a menose ainda perdemos pênalti’, costuma falar o chefe ao lembrar do revés.
Desempenho enaltecido pelo comandante também por viver uma sequência de lesões no elenco e atuações na questão psicológica de atletas mais novos ou de jogadores que vivem má fase. ‘Estou satisfeito com meu trabalho e minha vida profissional. Vivo dela. Tudo que consegui foi por ela’, falou o treinador do atual líder do Campeonato Paulista e cotado entre os favoritos na Copa do Brasil.
A fase de triunfos no São Paulo sete anos após sua primeira passagem, quando saiu campeão paulista de 2005 para ajudar um amigo em um clube japonês, é uma vitória pessoal do técnico. ‘No futebol, o mais inteligente é não se fazer comentários prematuros’, ensinou Leão, com ar de superioridade.