Adilson Batista está no comando de seu segundo clube no Campeonato Brasileiro, mas não venceu nenhum dos sete jogos em que esteve envolvido até agora. Nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), o técnico tenta desencantar em duelo contra o Coritiba, na sua segunda partida no São Paulo justamente no Paraná, Estado que deixou quando saiu do Atlético-PR com cinco derrotas nas seis primeiras rodadas.
Embora vice-líder, o Tricolor ainda convive com a pressão das eliminações no Paulistão e na Copa do Brasil, da recente troca de treinador e, principalmente, a distância de seis pontos que deixou o primeiro colocado Corinthians abrir. Para diminuí-la, a força reside em um retrospecto como visitante que é superado apenas pelo arquirrival do Parque São Jorge.
Com a nona melhor campanha como mandante, com dez pontos conquistados, a equipe teve os mesmos 66,6% de aproveitamento de longe do Morumbi, somando 12 dos 18 pontos possíveis. Se perdeu para Corinthians e Flamengo, bateu adversários como Fluminense, Atlético-MG, Ceará e Inter em sua viagens, com destaque para a vitória por 3 a 0 no Beira-Rio que tirou o ídolo Paulo Roberto Falcão do comando do Colorado.
‘A gente está muito bem fora de casa. Contra o Inter, jogamos bem, fomos seguros e quando saímos para o ataque fizemos os gols. Mas não nos desligamos por um minuto. Lá [no Couto Pereira] o campo é grande, temos que ter a consciência de estarmos ligados até o final para trazer um bom resultado’, ensinou Rhodolfo, um dos que se preocupam com o clima de caldeirão do estádio.
‘É sempre difícil jogar fora de casa. O Coritiba é forte, tem a força da torcida, é um estádio que dá bastante pressão. Mas o nosso time está amadurecendo e sabendo jogar como visitante. Fizemos bons jogos e é sempre importante vencer fora porque, de certa forma, recupera os pontos perdidos em casa. Temos que manter o que estamos fazendo para buscar a vitória’, falou Juan.
O São Paulo, entretanto, terá que provar mais uma vez seu poderio fora de casa passando por tudo isso. A boa notícia para o Tricolor é que não há nenhum novo desfalque. Adilson Batista deverá mandar a campo exatamente a mesma escalação de sua frustrante estreia no clube: um empate por 2 a 2 com o Atlético-GO em um Morumbi de público recorde, no sábado passado.Para aliviar a má impressão, a ordem é corrigir os erros defensivos e de finalização que atrapalharam a tentativa do técnico em renascer no futebol após fracassar em Corinthians, Santos e Atlético-PR em menos de um ano.
‘Todos conhecemos o Adilson há tempos pelo trabalho dele no Cruzeiro. E muitos aqui já foram campeões antes também. Mas temos que ser campeões de novo e começar por este campeonato. É chegar perto do Corinthians para ajudar o Adilson e nós mesmos na busca por este título’, prometeu Rhodolfo.
Ocupando uma posição intermediária na tabela de classificação, o Coxa precisa fazer a lição de casa, já que como visitantes não vem tendo um bom aproveitamento na competição. Uma vitória diante de seu torcedor dará ao time a chance de entrar no G-4 e começar a planejar uma arrancada para se aproximar dos líderes. Um tropeço, por sua vez, dependendo dos resultados, pode aproximar o fantasma da zona de rebaixamento.
O técnico Marcelo Oliveira tem dois problemas para escalar o time. O meia Tcheco, que vem em grande fase, recebeu o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão automática, assim como o volante Leandro Donizete, o motor do meio-campo coxa-branca, que foi expulso diante do Bahia.
Para a vaga do armador, existem várias opções. Gil para um time mais conservador e Éverton Ribeiro caso a escolha seja atacar mais. Até mesmo o renegado Davi pode reaparecer. Na proteção da zaga, William é nome quase certo.
O volante Léo Gago, que além de forte na defesa é uma boa opção nos chutes de longa distância, acredita que o Tricolor mostrará mais do que sua qualidade natural: entrará em campo mordido após o empate em casa diante do Atlético Goianiense. ‘Vai ser um jogo difícil. Eles empataram em casa e querem recuperar os pontos fora. Temos de nos cuidar e tomar conta da situação. Precisamos fazer um bom jogo’, avaliou.
FICHA TÉCNICA
CORITIBA X SÃO PAULO
Local: Estádio Major Antônio Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Data: 27 de julho de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Antonio de Carvalho Schneider (RJ)
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (Fifa-RJ) e Luiz Muniz de Oliveira (RJ)
CORITIBA: Edson Bastos; Jonas, Pereira, Émerson e Eltinho; William, Léo Gago, Éverton Ribeiro (Davi) e Rafinha; Marcos Aurélio e Bill
Técnico: Marcelo Oliveira
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Jean. Xandão, Rhodolfo e Juan; Denílson, Carlinhos Paraíba, Wellington e Rivaldo; Lucas e Dagoberto
Técnico: Adilson Batista