Vestidos com diferentes tipos de fantasias e com diversas mensagens para transmitir, competidores de várias partes do Brasil se reuniram no Complexo do Ibirapuera nesta sexta-feira e mostraram ‘O poder da São Silvestre’, tema de um encontro organizado pela psicóloga Elisete Leite Garcia.
A ação fez parte do ’18Congresso Brasileiro de Psicodrama – o poder em novos tempos’, que busca gerar reflexões unindo psicologia e dramatizações. ‘Vivo a São Silvestre desde a década de 80. Já fui coordenadora de pódio, já trabalhei com a estrutura e conheço os bastidores, sei como essa prova tem poder. Ela mobiliza famílias inteiras e ultrapassa fronteiras com manifestações sociais, políticas, ecológicas e de muitos outros tipos’, explica Elisete.Na reunião, a psicóloga contou a história da mais tradicional prova do atletismo brasileiro e lembrou do jornalista Cásper Líbero, criador da competição. Alfredo Gomes, vencedor da primeira edição, em 1925, foi representado por uma psicodramatista que interagia com os empolgados competidores fantasiados, que viraram celebridades e posaram para fotos com atletas ‘comuns’ que estavam no local para retirada de seus kits de participação.
‘Em outra corrida, você não vai aparecer fantasiado porque vão achar ridículo. Na São Silvestre é festa, é símbolo de uma manifestação, todos são aceitos’, emendou a organizadora, que apontou Ana Luiza dos Anjos, conhecida como Animal, como exemplo do poder da São Silvestre.
Além dele, que conseguiu juntar R$ 735 com ajuda de amigos para viajar, outros exemplos figuras que contaram suas histórias são José Maria da Costa, vindo de Fortaleza-CE para homenagear o filho Matheus durante a corrida, e Sérgio Silva, motorista de ambulância de Manaus-AM que compete com uma enorme gota vermelha na cabeça para promover a doação de sangue.
Todos os personagens prometem correr os 15 km do percurso lado a lado e garantem que vão conseguir concluir o trajeto, como sempre acontece.