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Comercial-SP faz 100 anos e ressuscita na garupa de dono motoqueiro

Por Da Redação
12 out 2011, 04h03

O advogado baiano Nelson Lacerda passou a torcer pelo Comercial-SP há menos de dois anos – anteriormente, tinha simpatia pelo Vitória da Bahia e por um time tricolor (assim como o rival Botafogo-SP), o Grêmio. Ele não mora em Ribeirão Preto. Nem bebe chope, hábito tradicional na cidade do interior paulista. Quando aparece por lá em uma de suas motos de 1.250 cilindradas, no entanto, é reverenciado como presidente e salvador do clube que se tornou uma empresa, voltou à Série A-1 do Campeonato Paulista e comemora o seu centenário nesta segunda-feira.

Se não fosse por Lacerda, o Comercial sequer teria uma sede para festejar o centésimo aniversário. Inaugurado em 1964, em uma região privilegiada de Ribeirão Preto, o Estádio Doutor Francisco de Palma Travassos (a Joia de Cimento Armado ou La Bafonera, como chamam alguns torcedores) havia sido penhorado em 2009. O leilão vencido pela Sandria Projetos e Investimentos renderia ao clube R$ 32,5 milhões, pagos em dez parcelas, para sanar uma dívida trabalhista que variava entre R$ 6 milhões (como alegava o clube) e R$ 14 milhões (conforme se especulava).

‘Alguns amigos meus me falaram sobre o leilão, dizendo que não havia mais jeito, e pediram para eu analisar a situação. Sou advogado, especialista em recuperação de empresas. Olhei os processos e achei meios de salvar o estádio – um patrimônio histórico para o clube, no coração de Ribeirão Preto. Só que não adiantaria recuperar se não trocássemos a diretoria’, comentou Nelson Lacerda, que decidiu se engajar no projeto de ‘pessoas de bem, comercialinos muito roxos’ e criar polêmica ao mudar radicalmente a administração do Comercial.

Com os seus dotes de político – orgulha-se por receber convites frequentes para se candidatar a governador do Rio Grande do Sul, onde cursou Direito -, Lacerda logo ficou à frente das negociações que transformaram o clube de Ribeirão Preto em uma empresa. Sua ‘Lacerda Sports Brasil’ terceirizou a gestão do Comercial a partir de 23 de novembro de 2009. ‘Marcaram uma assembleia com alguns comercialinos memoráveis da cidade. Eu disse que aceitaria ajudar, com três condições. A primeira: Rangel [Scandiuzzi] deveria ser eleito vice-presidente por unanimidade. A segunda: o presidente sairia para o vice assumir. E a terceira: que tivéssemos poderes absolutos’, enumerou o advogado, às gargalhadas.

Lacerda, de fato, tornou-se um verdadeiro dono do Comercial. Ele assumiu oficialmente o cargo de presidente no final do ano passado, porém já era o homem forte do clube desde a gestão de Rangel Scandiuzzi. ‘A turma reclama que eu meto o dedão em tudo. Mas meto, mesmo, porque gosto’, confessou o mandatário, que vai ao Palma Travassos somente quando está livre de seus afazeres profissionais na cidade de São Paulo e no Rio Grande do Sul. ‘Implantei uma gestão empresarial no Comercial. Não há por que ir lá sempre. Não sou do tipo de presidente que passa as tardes passeando e fazendo happy hour no clube.’

Mesmo que quisesse se reunir no bar com seus funcionários, Nelson Lacerda não ficaria muito à vontade em meio a copos de chope. ‘Ribeirão Preto faz calor sempre. Temos um sol para cada um, mas as bebidas alcoolicas são um dos poucos atrativos na nossa Califórnia Brasileira que não aprecio tanto. Sou atleta’, bradou o baiano, lembrando do gosto por motocicletas. ‘Subi pela primeira vez em uma moto aos 14 anos, porque naquela época podia, sem capacete nem nada, e fiquei apaixonado. Já caí diversas vezes, até dentro de dique, e quebrei costela, perna e bacia, mas não larguei essa paixão. Não é nem paixão. É vício. Meus filhos cresceram em cima de motos. O Wágner [de 29 anos] tem até uma espécie de Facebook [www.motopiloto.com.br] só para motoqueiros.’

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Como presidente eleito do Comercial, Lacerda precisou aumentar a sua coleção de motocicletas, deixando pelo menos uma delas na garagem da residência em Ribeirão Preto. A caminho do interior paulista, ele já havia se acostumado a pedir para um motorista guiar o seu automóvel (com as bagagens e, algumas vezes, a família a bordo) enquanto acelerava de moto pelas Rodovias Bandeirantes e Anhanguera. Ser ‘dono’ de um clube de futebol também permitiu que o advogado tivesse alguns dos seus caprichos de motoqueiro satisfeitos.

Fotos Divulgação e Gazeta Press

ROCHA NEGRA E A 1RESSUREIÇÃO

Piter não usa telefone celular. Em sua residência em Ribeirão Preto, é difícil encontrá-lo. ‘Moço, está complicado, mesmo. Ele acabou de sair para assistir a jogo de futebol na rua e não vai voltar tão cedo’, avisou uma senhora, simpática, uma semana antes de o Comercial comemorar o seu centenário aniversário.

Quando enfim foi localizado em casa, um dos maiores ídolos do clube de Ribeirão Preto deu outras mostras de sua simplicidade. ‘Quem é ‘senhor’? Pode me chamar de Negrão, filho, como todo mundo’, sorriu Eurípedes Fernandes, o Piter, sincero até diante de uma pergunta protocolar em conversas por telefone. ‘Tudo bem? Não está não, viu? Sou funcionário público, mas fiquei meio parado nos últimos tempos. Eu me senti muito mal em um dia de trabalho e achei que fosse embora desse mundo, que o pai lá de cima estivesse me chamando. A dengue tinha me pegado de jeito.’

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Piter, no entanto, é forte. Não foi à toa que ele ficou conhecido como ‘Rocha Negra’ durante os 13 anos em que defendeu o Comercial como zagueiro, entre 1960 e 1973. Nascido em Igarapava, interior de São Paulo, já era beque de fazenda (literalmente) na infância, na Usina Junqueira. Profissionalmente, aprimorou suas habilidades a ponto de ser considerado o melhor marcador de Pelé – como o próprio Rei definiu.

‘O Pelé era brincadeira. Esse crioulo me deu muito trabalho. Eu perdia uns 7 kg em um jogo contra ele. Vou bater nesta tecla o resto da minha vida: nunca nascerá outro igual ao Pelé’, disse Piter, protagonista de grandes confrontos com o Rei.

Na maioria dos duelos com o Comercial, contudo, o estrelado Santos levava a melhor. O Rocha Negra chegou a prender as pernas no alambrado da Vila Belmiro após um carrinho violento em um desses jogos, na tentativa de deter Pelé. Quando se levantou, o santista já comemorava com o seu tradicional soco no ar.

‘A gente ficava se provocando nas partidas. O Pelé me dizia: ‘Crioulo, você me enche o saco’. Mas o que eu podia fazer? Olha, mano, era Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Para parar esse ataque, só dando uma voadora’, enalteceu o comercialino.

Mas não foi apenas Pelé que chamou a atenção de Piter. A admiração era recíproca. O astro do Santos queria até levar o zagueiro do Comercial para a Vila Belmiro. ‘O Negrão esteve bem disposto a me contratar para o time dele. Gosto do Comercial, é o meu time de coração, mas o clube me ferrou nessa história. Era o Rei me querendo, e a direção disse que eu era inegociável’, recordou.

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A longevidade no Comercial (ainda jogou três temporadas no Atlético-GO, antes de encerrar a carreira) impediu Piter de ganhar mais dinheiro no futebol. Para se sustentar, voltou ao clube ribeirão-pretano como treinador das categorias de base e foi taxista. Os jornais locais divulgaram que ficar na mira de um revólver em uma tentativa de assalto fez o ex-jogador desistir da profissão. ‘Assalto? Comigo? Não me lembro. Graças a Deus, não houve nada disso’,desmentiu.

Embora não fosse reconhecido por muitos de seus passageiros de táxi, Piter se tornou inesquecível para o Comercial ao construir a sua história no interior paulista. A torcida alvinegra costuma levar ao Estádio Palma Travassos uma bandeira com o desenho do ídolo. ‘É sério isso? Não sabia! Que honra, satisfação. Mas o Comercial tem muitos outros ídolos: o negrinho Ferreira, por exemplo, começou comigo no clube e também fez história. Saímos juntos para passear até hoje’, contou.

A atual diretoria do Comercial também reverencia Piter. Ao lado do amigo Ferreira e de outros ex-atletas, ele é um dos homenageados nas comemorações do centenário do clube. O gesto alimentou a gratidão do Rocha Negra pelo presidente Nelson Lacerda. ‘Mano, vou ser sincero: não tenho queixa dele. O cara sempre se lembra de mim.’

Piter também está disposto a ajudar a gestão de Nelson Lacerda. Ele não quer perder nenhum jogo da Série A-1 do Campeonato Paulista de 2012. ‘Vou ficar na torcida pelo meu Comercial. E ainda jogo pelada de vez em quando. O Negrão tem café no bule. Se um zagueiro se machucar, eu entro’, disponibilizou-se, aos risos. ‘De coração, peço para a torcida ajudar o Bafo a se levantar de vez. Gosto muito do meu Comercial. Minha família é cheia de comercialinos.’

O Rocha Negra fala com a experiência de quem foi fundamental para a primeira ressurreição da história do Comercial. Em 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, os fazendeiros da região de Ribeirão Preto entraram em declínio financeiro e o clube sofreu as consequências. A diretoria daquele período não teve como sustentar os altos salários dos irmãos Bertoni, uruguaios famosos, e fechou o departamento de futebol em 1935.

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Em 1954, quase duas décadas depois, o Comercial voltou a disputar campeonatos graças ao apoio de torcedores ilustres e a uma união com o Paineiras FC. O retorno à elite do futebol paulista ocorreu rapidamente, assim como na atual gestão de Nelson Lacerda. A partir de 1966, o time de Ribeirão Preto foi apelidado de ‘Rolo Compressor’: revelou seus grandes ídolos, acabou com uma invencibilidade de 14 jogos do Palmeiras no Palestra Itália, marcou cinco gols no Santos de Pelé na Vila Belmiro e foi à forra em clássicos com o Botafogo-SP.

‘Como é legal saber que os bons estão voltando outra vez. A nossa Ribeirão Preto, sem Comercial e Botafogo, não é nada. Quero os dois times em alta. Que seja como no passado, quando os torcedores rivais corriam atrás de mim para me bater. Só não pode querer me dar porrada hoje, não é? Já estou velho’, brincou Piter, aos 71 anos, feliz com o seu Comercial, de 100. Ídolo e clube estão novamente saudáveis – firmes como uma Rocha.

Salvo do leilão, o Estádio Palma Travassos foi reformado a mando de Nelson Lacerda. O presidente asfaltou os 12.500 metros quadrados que circundam o gramado para instalar ali uma pista de kart, método inovador de arrecadação de dinheiro. ‘Temos o único local para a prática de kart indoor em Ribeirão Preto! Eu piloto os karts de vez em quando. Mas admito que, assim que coloquei aquela pista ali, pensei nas minhas motos. Já fui avisando para todo mundo que correria de moto na pista. Acha que eu perderia essa oportunidade?’, perguntou.

A pista de kart no estádio ainda possibilitou que Nelson Lacerda trouxesse lucros para o Comercial com mais uma de suas paixões. O baiano criou a ‘Comercial Show e Eventos’ para promover micaretas no Palma Travassos – entre outras atrações, a baiana Ivete Sangalo se apresentou no local em um trio elétrico, no ano passado. ‘Nosso estádio virou um sambódromo maior do que a Marquês de Sapucaí, que tem 9.700 metros quadrados’, comparou o presidente, que também utilizou o local para sediar diversas feiras de automóveis e um jogo do time de futebol americano Corinthians Steamrollers, do ator Alexandre Frota. ‘A ideia é que se faça de tudo lá. Antes, o estádio ficava 98% do tempo parado. Era deficitário por isso.’

Lacerda havia encontrado meios para recuperar seu investimento e ainda reduzir a dívida do Comercial. Restava, entretanto, resgatar o orgulho do torcedor alvinegro. Para isso, o dirigente precisou se adaptar ao mundo do futebol. Ele tinha o hábito de torcer pelo Grêmio em sua cadeira cativa no Estádio Olímpico, porém pouco sabia sobre os clubes do interior paulista. Pensava que o atacante Luciano Gigante, por exemplo, recebera o apelido por ser alto. ‘E ele só tem um metro e meio!’, surpreendeu-se.

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Nelson Lacerda aprendeu rápido a ser cartola. Em pouco tempo no posto, aplicou uma virada de mesa que colocou o Comercial na Série A-2 do Campeonato Paulista de 2011. Cerca de um mês depois de o seu clube empatar com o XV de Piracicaba em casa e perder a chance de conseguir o tão sonhado acesso, o gestor comprou 50% do Ribeirão Preto FC (antigo Votoraty, dono de um lugar na A-2) e ficou com a vaga para si. O acordo fez com que a Lacerda Sports Brasil se aliasse à empresa de Manoel Leão, proprietária do Olé Brasil e do Ribeirão Preto FC.

Interessado em revelar jogadores, Lacerda apostou no técnico Márcio Fernandes na tentativa de colocar o Comercial novamente na elite do futebol paulista. ‘Foi ele quem formou toda a base vitoriosa do Santos, o Neymar. Fui juntando profissionais de alto nível como o Márcio, criando um plantel capacitado, e deu certo’, disse. O resultado apareceu no final de abril de 2011: o time ribeirão-pretano venceu o São José por 1 a 0 em casa, com gol contra do zagueiro Márcio Santos, e contou com uma vitória do Guarani sobre o Rio Preto, por 4 a 2, para retornar à Série A-1 do Campeonato Paulista após 25 anos de espera.

‘A minha gestão recolocou o Comercial na elite em um ano e sete meses! Um ano e sete meses! Você não tem noção da festa em Ribeirão Preto no dia do acesso. Foi Carnaval fora de época, com trio elétrico, carreata, e todo mundo gritando ‘o Leão voltou’. Levaram redes do estádio de recordação, grama, mechas do meu cabelo… Posso dizer que passei a amar o clube como um grande comercialino depois de tudo isso. O Comercial é meu amor!’, bradou Nelson Lacerda, sem descartar se apaixonar por outros times. ‘Mais ou menos 40 clubes me procuraram, querendo a minha gestão. Tenho uma equipe altamente competente. O Comercial estava atolado em dívidas. Hoje, é um dos poucos clubes do Brasil que pagam salários antecipados, bichos, tudo.’

A fama de bom pagador de Nelson Lacerda despertou as atenções também de criminosos. A quantia de R$ 97 mil que ele havia destinado ao elenco como premiação pelo acesso à Série A-1 foi roubada por uma dupla de homens armados. Os assaltantes renderam dois funcionários do Comercial logo depois de o valor ser sacado em uma agência bancária de Ribeirão Preto. ‘Houve um erro primário da nossa parte. Geralmente, pagamos o bicho em cheque, para não haver problema. Mas, como estamos gravando o filme do nosso centenário, queríamos registrar as imagens dos jogadores recebendo todo aquele dinheiro, emocionados. Isso acabou vazando na imprensa e chamou a atenção dos bandidos. Não sei como não houve uma disputa, um tiroteio entre ladrões’, riu o presidente, conformado. ‘Mas tudo bem. Acabou sendo algo folclórico, para entrar na história. Pagamos os jogadores normalmente depois.’

A produção do documentário ‘Imortal – 100 anos de uma paixão’ foi uma das ‘ideias meio malucas’ que Lacerda teve para alavancar o marketing do Comercial na temporada do centenário. Em fase de edição, o DVD já tem quase 1.000 cópias vendidas antecipadamente e só será comercializado nas lojas quando essa marca subir para 5.000. ‘Se não for assim, os DVDs piratas tomam conta do mercado e eu tenho prejuízo. Os caras compram os discos por R$ 0,50 no camelô, e o clube não ganha nada’, explicou o mandatário.

Outra inovação de Lacerda foi levar o Comercial para fazer recentemente uma excursão na Áustria, disputando amistosos contra times europeus. O último adversário era o badalado clube russo Anzhi Makhachkala, dos brasileiros Roberto Carlos, Jucilei e Diego Tardelli. O jogo terminou com vitória por 2 a 1 da equipe de Ribeirão Preto, com gols de Rafinha e Luan. ‘O Roberto Carlos descontou o placar para eles. E, depois do jogo, conversando comigo e com um jornalista brasileiro, ele deu aquele furo internacional sobre ser presidente do Anzhi em 2013’, contou o presidente comercialino.

O Comercial se prepara agora para fazer sucesso na segunda fase da Copa Paulista e buscar também uma vaga na Copa do Brasil de 2012. ‘Com um passo de cada vez, vamos conquistando todos os nossos objetivos’, comentou Nelson Lacerda, sem se contentar com pouco. Ele fala até em brigar pelo título do Campeonato Paulista com os grandes Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. ‘Por que não? Quem disse que penso em evitar rebaixamento? Quero o troféu. Eles que se preparem para enfrentar o Comercial em Ribeirão Preto. Temos uma torcida apaixonada, fanática, e estamos montando um grande elenco para a disputa’, avisou.

Existirá ainda um campeonato à parte para o Comercial disputar no Paulistão. A iminência de um novo clássico Come-Fogo já anima os torcedores ribeirão-pretanos, e o presidente alvinegro aproveita a expectativa para provocar o rival Botafogo-SP. ‘Finalmente, vamos nos reencontrar na A-1. Todos na cidade não viam a hora de isso acontecer. Mas estamos melhores do que eles. Os próprios torcedores do Botafogo dizem que queriam ter um Nelson Lacerda lá’, debochou.

A ambição de Lacerda, contudo, vai bem além do clássico. ‘Chegarei à Série A do Campeonato Brasileiro logo, logo. Em cinco anos no máximo’, profetizou o presidente, que ainda cogita contratar um atleta renomado mundialmente em 2013 para atrair mídia para o futebol de Ribeirão Preto – o Botafogo-SP chegou a negociar com o veterano atacante italiano Christian Vieri em 2009. ‘Fora outra novidade, que não posso revelar agora’, fez mistério. Ele conta com o tempo para colocar todos esses planos em prática. O contrato da Lacerda Sports Brasil com o Comercial tem duração de 25 anos, e o dono do clube sorri para a possibilidade de se perpetuar no poder. ‘Vou ficando, não é? Estou gostando. Não tenho por que sair.’

O que também alegrou Nelson Lacerda foi saber que o Corinthians, em seu centenário, lançou uma motocicleta comemorativa e celebrou sucesso de vendas do produto. ‘Que excelente ideia você me deu! Imagine só: pilotar uma moto do Comercial! Está anotado’, vibrou o presidente motoqueiro, com entusiasmo suficiente para colocar um clube centenário na garupa de suas pretensões.

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