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Com R$ 60 mi, governo passa a conceder bolsas a atletas renomados

Por Da Redação
12 mar 2012, 18h50

O governo federal divulgou na manhã desta segunda-feira, na sede do Esporte Clube Pinheiros, uma série de novidades no programa Bolsa-Atleta, que concede patrocínio individual a esportistas. A principal delas é a inclusão de competidores de renome internacional no projeto. Serão R$ 60 milhões em investimentos em 2012 (contra R$ 44 milhões no ano anterior), contemplando 4.243 bolsistas de 53 modalidades olímpicas e paraolímpicas.

‘É o maior programa de apoio individual a atletas do mundo. Cresceu 33,3% em relação a 2011. Só não temos o Estado do Acre contemplado’, alardeou Aldo Rebelo, ministro do Esporte. ‘Fizemos um balanço em 2010 e resolvemos aperfeiçoar algumas coisas. A nossa aposta para o futuro ganhou outra dimensão agora, com foco nos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil’, apoiou Ricardo Leyser, secretário nacional do Esporte de Alto Rendimento.

Leyser se referiu à legislação que impedia a concessão de bolsas a atletas que já recebessem salários ou mantivessem outros contratos de patrocínio. Através da Lei 12.395, de março de 2011, esportistas renomados como Maurren Maggi, Fabiana Murer, Jade Barbosa, Robert Scheidt, Marilson Gomes dos Santos e Diego Hypólito, por exemplo, passaram a ter direito a participar do Bolsa-Atleta, em vigência desde 2005.

Segundo Leyser, o incentivo a atletas que já têm espaço midiático é tão importante quanto o apoio aos novatos. ‘Não fazia sentido que continuássemos com um grande esforço burocrático para fiscalizar quem já tinha patrocínio. Às vezes, eles só ganhavam um uniforme, um equipamento ou uma viagem e não podiam receber a bolsa. Lembro de um atleta que chegou às Olimpíadas com alto patrocínio, teve azar na final e acabou não conquistando medalha. Ele perdeu seu patrocínio a partir de então e ficou em uma situação muito complicada. Isso não acontece com o Bolsa-Atleta, que é constante’, defendeu.

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Para receber o benefício do governo federal, os atletas precisam obter bons desempenhos nas competições indicadas por suas respectivas confederações, sem necessidade de intermediários. ‘O critério é absolutamente técnico, e o atleta faz uso do recurso da maneira que achar melhor’, explicou Ricardo Leyser. ‘Também queremos contemplar os técnicos, pois os atletas precisam de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos… São profissionais que podem fazer a diferença’, acrescentou Aldo Rebelo.Os valores mensais repassados aos atletas variam de R$ 370, para estudantes e esportistas de base, a R$ 3.100, para os de categoria olímpica e paraolímpica. ‘Foi essa bolsa que me fez deixar de ser uma atleta amadora e me transformou em uma recordista mundial. Eu não tinha condições de ir a competições, de pagar por suplementação alimentar ou pelo meu guia’, contou a corredora Terezinha Guilhermina, deficiente visual e campeã paraolímpica em Pequim-2008, que estava presente no anúncio do Ministério do Esporte.

Outros atletas de alto rendimento aproveitaram o discurso de Terezinha para citar os custos de suas modalidades. ‘O tiro esportivo não é muito visado, então o Bolsa-Atleta acaba sendo fundamental para a compra de equipamento. Tirando o governo, não recebemos apoio’, declarou Felipe Wu, vice-campeão nos Jogos da Juventude em 2010. ‘Nosso maiô só dura dois campeonatos. Ainda temos gastos com suplementação, com material importado e até com alto combustível, por viver em São Paulo’, continuou a nadadora Michelle Lenhardt. ‘Um campeão não é feito só de talento’, concluiu o judoca Tiago Camilo.

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