Por AE-AP
Xangai – O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, tinha esperança de se recuperar do começo apagado de temporada na Fórmula 1 com um retorno ao lugar mais alto do pódio no GP da China. Mas ele vai precisar de uma corrida espetacular no domingo para atingir o seu objetivo após conquistar neste sábado apenas o 11º lugar no treino de classificação. Esta é a sua pior posição no grid desde o GP do Brasil de 2009.
Este foi apenas o mais recente revés do bicampeão mundial, que só subiu ao pódio no GP da Austrália – ficou em segundo lugar – e, atualmente, ocupa a sexta posição no campeonato. Na Malásia, ele terminou fora da zona de pontuação após se envolver em acidente com Narain Karthikeyan.
Neste momento no ano passado, ele havia conquistado as poles na Austrália, Malásia e China e só não venceu em Xangai, onde terminou em segundo lugar, atrás de Lewis Hamilton, da McLaren. Vettel foi tão dominante em 2011, que venceu seis das oito primeiras corridas, e foi 17 vezes ao pódio.
O alemão ficou decepcionado com sua performance no treino de classificação de sábado, mas garantiu não estar preocupado. “Nós temos uma longa corrida pela frente amanhã e o carro estava bom, por isso, em termos de ritmo de corrida, devemos fazer melhor amanhã”, disse. “Nós não fomos rápidos suficiente e temos que aceitar. Vamos largar amanhã e ver o que podemos fazer a partir daí”.
Vettel decidiu não usar neste fim de semana um sistema de escape que Mark Webber, seu companheiro de equipe, adicionou ao seu carro, por considerar que ele não se adapta ao seu estilo de pilotagem. Mas o alemão disse que esta não foi a razão para seus tempos lentos.
“É sempre fácil dizer isso agora, mas eu estava feliz com o carro ontem e é por isso que decidi ficar como estávamos”, disse. “Eu estava feliz com as voltas que tive na classificação. Não houve erros, mas foram rápidas o suficiente. É simples assim”.
Mas Vettel deu a entender que há problemas no carro da Red Bull neste ano. No início da semana, ele disse que o equilíbrio do carro não parece ser tão bom quanto foi no último ano.
“Não tem nada a ver com a aderência, nível de aderência ou nível de pressão aerodinâmica, é mais o funcionamento do carro como um todo. Eu acho que nós estamos tentando entender para melhorar”, disse.
“Eu não diria que estamos perdidos”, acrescentou. “Os problemas com o carro são muito diferentes e maiores do que no ano passado, quando entendemos o carro muito bem e pudemos trabalhar sobre isso”.
Se o alemão não vencer o GP da China neste domingo, ele vai enfrentar um desafio para conquistar o tricampeonato mundial. Desde 1990, apenas Michael Schumacher em 2003, faturou o título após não vencer nenhuma das três primeiras provas.