Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

COI suspende COB e Nuzman após prisão de dirigente

Entidade brasileira e seu presidente, acusado de participar de compra de votos em favor da Rio-2016, foram suspensos provisoriamente nesta sexta-feira

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h35 - Publicado em 6 out 2017, 11h05

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se posicionou de forma dura em relação aos escândalos de corrupção envolvendo o esporte brasileiro. Nesta sexta-feira, a Comitê Executivo da entidade suspendeu provisoriamente o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, um dia após a prisão do dirigente, acusado de articular esquema de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016.

Os pagamentos feitos ao Comitê Olímpico do Brasil serão congelados, afirmou o COI, acrescentando que a punição não vai afetar atletas brasileiros. Individualmente, Nuzman foi provisoriamente suspenso de todos os direitos e funções como membro honorário do Comitê Olímpico Internacional.

Com a punição, Nuzman também foi excluído da Comissão de Coordenação dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O COI ainda ressalta que a suspensão provisória ao COB e ao dirigente pode ser “retirada parcial ou totalmente assim que questões de governança sejam esclarecidas ao Comitê Executivo da entidade.”

“O COI reitera seu compromisso total com a proteção da integridade do esporte. E continuará a abordar qualquer questão que afete essa integridade de acordo com as regras e regulamentos de seu sistema de governança recentemente reformado. Para acompanhar adequadamente este caso, o Comitê Executivo solicita às autoridades judiciais que forneçam à Comissão de Ética do COI todas as informações disponíveis o mais rápido possível”, informa o COI, em nota

Continua após a publicidade

A Comissão de Ética do COI  é formada por nove membros, a maioria deles independente e sem vínculos com o COI, inclusive seu presidente, o sul-coreano Ban Ki-moon, que foi secretário-geral das Nações Unidas entre 2007 e 2016 e foi escolhido para o cargo no último dia 14 na sessão realizada em Lima.

Operação Unfair Play

O presidente do COB foi detido nesta quinta-feira por sua suposta participação em um esquema de compra de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A cidade brasileira derrotou Madri, Chicago e Tóquio nas votações em Copenhague, em 2009.

A prisão de Nuzman, que também presidiu o Comitê Rio 2016, ocorreu na Zona Sul de Rio dentro da Operação Unfair Play (Jogo Sujo), que cuida da investigação sobre a fraude na escolha da sede olímpica, em parceria com a procuradoria francesa, e é um desdobramento da Operação Lava-Jato. Além de Nuzman, foi preso o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner.

Continua após a publicidade

Na primeira fase da operação, no início de setembro, Nuzman, de 75 anos, havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa no Rio e levado à PF para prestar depoimento. Segundo a PF, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

As autoridades dizem que Nuzman foi o “agente responsável” por viabilizar repasse de propina do grupo criminoso do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para a compra de votos de dirigentes africanos na eleição de 2009 do Comitê Olímpico Internacional (COI) para escolha da sede dos Jogos de 2016. O presidente do COB  nega ter cometido qualquer irregularidade.

(com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.