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Clubes sul-americanos cada vez mais longe do nível europeu

Por Por Diego Reinares
19 dez 2011, 15h17

Pelo quinto ano consecutivo, um time europeu sagrou-se Campeão Mundial de clubes, após a goleada de 4 a 0 aplicada pelo Barcelona sobre o Santos no último domingo em Tóquio.

O resultado da decisão deste ano confirmou a tendência, ao servir de desempate entre os dois continentes, já que com a vitória do Barça, os europeus lideram a competição com 26 títulos.

O 4 a 0 foi a maior goleada da história das finais da versão moderna do Mundial de Clubes, que pela oitava vez reuniu equipes de todos os continentes.

Na versão antiga, a Copa Intercontinental, que tinha apenas um confronto entre o campeão europeu e o vencedor da Copa Libertadores, o Peñarol uruguaio chegou a superar esta façanha em 1961 ao atropelar o Benfica, por 5 a 0.

Desde então, nenhum outro clube antes do Barça chegou a vencer por quatro gols ou mais de diferença.

Os clubes brasileiros ajudaram a América do Sul a se destacar no início da versão moderna do torneio, que teve seus três primeiros títulos conquistados por times do país, o Corinthians em 2000, o São Paulo em 2005 e o Internacional em 2006.

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Porém, os cinco últimos foram para times do ‘velho continente’, o Milan em 2007, com uma grande atuação do meia brasileiro Kaká; o Manchester United em 2008, o Barcelona em 2009, a Inter de Milão em 2010 e o Barça mais uma vez neste ano.

A antiga Copa Intercontinental teve apenas dois perídodos em que um continente teve hegemonia durante pelo menos cinco anos.

De 1977 a 1984, só deu América do Sul, com os títulos de dois times brasileiros (o Flamengo em 1981 e o Grêmio em 1983), dois argentinos (Boca Juniors em 1977 e Indepediente em 1984) e dois uruguaios (Nacional em 1980 e Peñarol em 1982) e um paraguaio (Olímpia em 1979). Em 1978, a competição não foi disputada.

Já os europeus tiveram outro período de domínio de cinco anos, de 1995 a 1999, com os triunfos do Ajax em 1995, da Juventus em 1996, do Borussia Dortmund em 1997, do Real Madrid em 1998 e do Manchester United em 1999.

Com a globalização dos negócios do futebol, a saída cada vez mais cedo dos jovens talentos sul-americanos para clubes europeus e o poder financeiro que estes times conseguem graças ao aumento do valor do direitos de transmissão, a diferença tornou-se cada vez mais evidente nos últimos anos.

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Antes da final deste domingo, o técnico do Santos Muricy Ramalho explicou que ainda tinha esperanças de que a tendência possa se reverter ao citar o exemplo de Neymar, que resolveu ficar no Brasil até 2014, mesmo quando cobiçado por grandes clubes da Europa como o Real Madrid e o Barcelona.

“O futebol brasileiro está melhorando. Está mudando como o país. Nossos melhores jogadores estão querendo ficar, como Neymar. O fator econômico continua sendo a principal diferença em relação à Europa, que continua atraindo muitos atletas”, explicou.

A grande estrela do Mundial de Clubes foi justamente um sul-americano, o argentino Lionel Messi, que fez dois golaços na decisão, mas em favor de um clube europeu.

O técnico uruguaio Jorge Fossati, que treinou o Internacional no ano passado e terminou na terceira posição deste Mundial de Clubes com o Al-Sadd de Qatar, lamentou o fato dos principais jogadores sul-americanos estarem atuando na Europa.

“Na seleção espanhola, praticamente todos jogam em clubes da Espanha. Já no Uruguai, os melhores deixam o país com 17 ou 18 anos. Assim fica muito difícil. Chegar a uma final da Libertadores como o Peñarol este ano foi uma grande façanha. Não podemos contar com Diego Forlán, Luis Suárez e Edinson Cavani, porque estão jogando no exterior” afirmou.

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A próxima oportunidade para os clubes sul-americanos de acabar com esta hegemonia du futebol europeu no Mundial de Clubes será no fim do ano que vem, mais uma vez no Japão.

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