Celso Roth saboreia primeiro grande título
Treinador não levantava um troféu desde o ano 2000
Depois de 13 anos alternando-se no comando dos principais times do futebol brasileiro, Celso Roth comemorou pela primeira a conquista de um título de grande porte – o da Copa Libertadores, na noite de quarta-feira. “Esse título chega num momento de merecimento importante. Sempre fiz bons trabalhos, mas por um motivo ou outro acabei passando um tempo muito grande sem ganhar títulos”, emocionou-se Roth, campeão gaúcho pelo Internacional, em 1997, e pelo Grêmio, em 1999. A última conquista havia sido a Copa do Nordeste de 2000, com o Sport. “Só tenho de agradecer ao Internacional. Aqui tive a primeira oportunidade de treinar uma equipe grande, em 1997, e também agora por esse clube conquisto meu maior título”, disse o treinador após a vitória por 3 a 2 sobre o Chivas.
Aos 52 anos, o gaúcho agora faz parte do grupo de grandes treinadores do Internacional. Conquistou um título até mais importante que os de Ênio Andrade (campeão brasileiro em 1979) e Rubens Minelli (dois títulos brasileiros, em 1975 e 1976) e chega perto de Abel Braga, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 2006.
“É uma honra muito grande conquistar este título pelo Internacional. Nunca me senti mal recebido aqui, muito pelo contrário”, comentou, eufórico, o treinador. “Agora o carinho vai ficar para sempre. Esse título ninguém poderá apagar da minha história com o Colorado”. O treinador era a terceira opção do clube após a demissão do uruguaio Jorge Fossati, no final de maio. Primeiro foi pensando em Luiz Felipe Scolari, depois em Adilson Batista.
Festa gaúcha – Foi numa tradicional churrascaria o lugar da comemoração da equipe. Jogadores, comissão técnica, dirigentes e familiares festejaram o título até a madrugada e ensaiaram o coro “fica, Celso Roth”. Manter alguns jogadores até dezembro, para a disputa do Mundial de Clubes, é o desafio do Inter. O volante Sandro está de partida para a Inglaterra, onde defenderá o Tottenham. O lateral-esquerdo Kleber, o meia D’Alessandro e o atacante Taison têm propostas e podem deixar a equipe. “Haverão mudanças, mas creio que serão pequenas”, disse o vice de futebol Fernando Carvalho.
O argentino D’Alessandro disse que deseja disputar o Mundial. “É o maior campeonato de clubes, e um torneio que ainda não joguei. A gente sempre tem possibilidades, mas eu não penso nisso. Penso somente no Inter e quero jogar o Mundial”.
(Com Agência Estado)