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Brasil terá mais uma Copa do Mundo: o Special Olympics

Primeiro torneio mundial de futebol para deficientes intelectuais acontecerá em 2013, com equipes que misturam atletas regulares e pessoas com capacidades intelectuais diferenciadas

Por Flávia Ribeiro, do Rio de Janeiro
29 nov 2011, 12h03

O movimento paraolímpico todo mundo já conhece. O Brasil, inclusive, acabou de conquistar o primeiro lugar no quadro de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos, e há atletas consagrados, como o supercampeão de natação Daniel Dias. Mas quem conhece o Special Olympics? Quase ninguém, é certo. Mas o quase anonimato do evento vai acabar dentro de pouco tempo. Amanhã, o governo do Rio de Janeiro vai anunciar, durante a feira de negócios de futebol Soccerex, que a Primeira Copa do Mundo de Futebol Unificado da Special Olympics vai acontecer no estado, no fim de 2013, com a participação de 24 seleções – inclusive a brasileira, já classificada por ser o país-sede. “O Maracanã já estará pronto, terá recebido a Copa das Confederações e poderá ser uma das sedes da primeira Copa de Deficientes Intelectuais da história”, comentou a secretária de Esporte e Lazer do Rio, Márcia Lins.

Além do Maracanã, o Engenhão também deverá ser usado. São estádios à altura das dimensões da instituição, que reúne 185 países e 3,7 milhões de atletas. No Brasil, são 53 mil atletas, 6 mil deles participando ativamente de competições. “Levamos 50 aos últimos Jogos Mundiais de Verão, que aconteceram no meio deste ano em Atenas. Voltamos de lá com 48 medalhas, 18 delas de ouro”, orgulha-se Paulo Fonseca, presidente da Special Olympics no Brasil.

Na Copa, as equipes provavelmente serão formadas por um misto de atletas regulares e pessoas com capacidades intelectuais diferenciadas, dentro da filosofia de esporte unificado. Todos os protocolos da Copa do Mundo da FIFA, com eliminatórias em todos os continentes, serão seguidos. “O presidente da Special Olympics mundial, Tim Kennedy Shriver, vem ao Rio no início do ano para acertar os últimos detalhes”, conta Paulo, lembrando que a Copa América acaba de acontecer no Paraguai, que também venceu o torneio.

A Special Olympics reúne atletas com deficiência intelectual – diferente dos paraolímpicos, que na maioria das vezes têm deficiências físicas ou visuais. Foi criada nos anos 1960 por uma professora americana em sociedade com Eunice Kennedy Shriver, irmã não apenas de John, Bob e Ted Kennedy, mas também de Rosemary, que nasceu com deficiência intelectual. Desde 1968, a entidade promove jogos mundiais de dois em dois anos e é muito conhecida nos Estados Unidos e na Europa. Tanto que é a única organização desportiva autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a usar a designação Olympics no nome – por conta disso, as Paraolimpíadas, por exemplo, passarão a se chamar oficialmente Paralimpíadas a partir de 2012, por não terem permissão de usar Olimpíadas no nome.

“A Special Olympics do Brasil é maravilhosa, mas precisa crescer mais”, diz o judoca Breno Viola, 30 anos, faixa preta que tem síndrome de down e é bicampeão mundial em sua categoria. Mas nunca houve uma Copa do Mundo de futebol para esses atletas especiais. Para trazer esse evento ainda desconhecido para o Brasil, engajaram-se jogadores de futebol como Zico, Romário, Kaká, Daniel Alves, Carlos Alberto Torres e Ricardo Rocha, além de atletas olímpicos como Lars Grael, Adriana Behar e Fernando Meligeni, que viraram embaixadores da Special Olympics no país.

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