O atletismo brasileiro conseguiu um grande feito para o país e conquistou o oitavo título do Campeonato Ibero-americano de Atletismo, disputado na cidade de Barquisimeto, na Venezuela.
Neste domingo, a equipe brasileira ganhou 13 medalhas, com sete de ouro, quatro de prata e duas de bronze. No total, 44 medalhas (14 de ouro, 18 de prata e 12 de bronze). Cuba encerrou a competição na segunda colocação, com 18 medalhas (oito ouros, seis pratas e quatro bronzes) e a Colômbia foi a terceira colocada, com 14 (seis ouros, três pratas e cinco bronzes).
Andressa de Oliveira Morais conseguiu a maior realização do dia, ao ganhar o ouro no lançamento de disco, com a marca de 64,21 metros, novo recorde sul-americano. O antigo recorde (62,36 m) também era da paraibana. Para completar, a gaúcha Fernanda Borges ficou em segundo lugar na modalidade, com 57,87 m.
‘Não acreditei quando consegui o recorde logo em minha primeira tentativa. Agora sou campeã sul-americana e ibero-americana e me falta o título brasileiro. Quero melhorar mais ainda o meu recorde no Troféu Brasil’, disse a atleta de 21 anos. ‘Tudo isso me dá mais tranquilidade e, sobretudo, confiança no meu treinamento para a Olimpíada’, continuou.
No heptatlo, a paulista Lucimara Silvestre ganhou ouro, com 6.160 pontos, 33 a menos do que o índice olímpico. Na mesma prova, Tamara Alexandrino de Sousa ficou com o bronze, somando 5.548 pontos. A marca da carioca poderia ter sido ainda melhor caso ela não tivesse completado a última etapa com uma lesão na coxa. Não sei como consegui completar o heptatlo. A dor estava insuportável, mas queria muito esta medalha’, confessou.
No salto em distância feminino, mais um ouro brasileiro. Eliane Martins foi a responsável pela conquista. Gisele Marculino ficou em segundo e completou a dobradinha brasileira.
Leandro Prates, campeão brasileiro, sul-americano e pan-americano, ganhou a prova dos 1.500 metros. ‘Fiz uma corrida tática porque senti a prova lenta. Saí com tudo nos últimos 300 metros e ninguém me acompanhou’, disse o brasileiro, que superou o venezuelano Edwar Villanueva, um dos favoritos.
Mais três ouros para o Brasil vieram nos revezamentos 4×100 m masculino e feminino e 4×400 m feminino. O 4×400 m masculino ficou com um quarto lugar e deve ficar fora do ranking da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) para participar das Olimpíadas.
Roberta Gesta de Melo, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e da Associação Ibero-americana de Atletismo, ficou feliz com o desempenho brasileiro ‘Os venezuelanos mostraram muita disposição em organizar bem o evento, embora a sede tenha sido escolhida há pouco mais de 15 dias. Já os brasileiros foram muito bem e conquistaram um título importante. Foi a nossa 8conquista em 15 edições. Muitas medalhas foram ganhas por jovens, o que só nos dá esperança’, ressaltou.