Os deputados da comissão especial da Câmara que analisa o projeto da Lei Geral da Copa, exigido pela FIFA desde 2007 para regular a Copa do Brasil-2014, que autoriza o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios e limita a 300 mil as entradas a preços reduzidos, informaram fontes legislativas.
O texto, que foi votado em meio às tensões entre a FIFA e o governo brasileiro por polêmicas declarações do secretário-geral desse organismo, Jerome Valcke, deverá ser avaliado pelos plenários da Câmara e o Senado antes de ir para sanção presidencial.
A iniciativa autoriza a venda de cerveja em copos de plástico em estádios durante as partidas da Copa do Mundo e qualquer outro tipo de bebida alcoólica em áreas VIP, explicou o deputado governista e relator do projeto, Vicente Candido, segundo declarações à oficina de imprensa da Câmara.
Este ponto era um dos mais polêmicos já que uma lei brasileira proíbe a venda e consumo de cerveja nos estádios, enquanto a FIFA exigia sua incorporação já que entre seus patrocinadores está a cervejaria Budweiser.
Os legisladores aprovaram uma exceção a essa norma durante os jogos da Copa, ao mesmo tempo em que deixaram, definitivamente, a venda pela metade do preço para os maiores de 60 anos.
Mesmo assim, concordaram em reservar até 300 mil entradas a preços populares para estudantes e os beneficiários mais pobres dos programas de assistência do governo, segundo Candido.
“Com a conclusão dos pontos de maior destaque, a Lei Geral da Copa pode ser votada” na quarta-feira pelo plenário da Câmara, disse à imprensa Candido Vaccarezza, líder do governo entre os deputados.