
Maicon no amistoso entre Brasil e Colômbia, em Miami (Bruno Domingos/Mowa Press/Divulgação/VEJA)
“Muito gente falou besteira e essas pessoas vão ter de pagar. A gente está entrando com ação judicial, sim. Eu, meu pai e meus advogados vamos agir”, disse Elias
Exatamente dois meses depois da pior derrota de sua história, a seleção brasileira teve um dia conturbado nesta segunda-feira, véspera do amistoso contra o Equador, em Nova Jersey. Antes e depois do treinamento para o duelo de terça, no MetLife Stadium, não foi a lembrança da goleada da Alemanha sobre o Brasil, na semifinal da Copa do Mundo, que perturbou os jogadores, mas sim a ausência do lateral Maicon, cortado no domingo, e os boatos surgidos desde sua exclusão do grupo. O jogador foi dispensado pela comissão técnica por causa de um episódio de indisciplina. Ao não revelar publicamente o que aconteceu, o coordenador Gilmar Rinaldi acabou abrindo as portas para uma grande confusão. Histórias mirabolantes e escandalosas acabaram se espalhando pelas redes sociais, deixando muitos integrantes da equipe irritados – em especial, é claro, os citados nos rumores.
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O volante Elias, por exemplo, prometeu acionar a Justiça depois de ver seu nome envolvido num boato que tratava de uma relação homossexual entre ele o Maicon. “Sobre o fato que envolveu meu nome, é muito ruim. É ruim as pessoas acreditarem nessa bobagem”, disse o jogador. “Não sou contra quem é homossexual, que fique bem claro. Mas eu não sou. As pessoas que me conhecem no dia-a-dia sabem como eu sou. Muito gente falou besteira e essas pessoas vão ter de pagar. A gente está entrando com ação judicial, sim. Eu, meu pai e meus advogados vamos agir”, prometeu o jogador do Corinthians. Elias, que entrou no segundo tempo do jogo contra a Colômbia e teve atuação discreta, contou que ficou surpreso com os boatos. “Como eu reagi? Eu fiquei surpreso. Dei risada. Minha mulher também não deu muita bola. Mas a coisa tomou proporção e aí temos de agir.”
Elias também criticou o criador do boato, cuja origem ainda é desconhecida. “Se tivessem pensado na minha família e meus filhos, não teriam feito isso.” Apesar da irritação com o caso, o jogador preferiu não criticar a comissão técnica da seleção, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o corte de Maicon, deixando o caminho aberto para as mais absurdas especulações. “Não sou eu que tenho de falar”, afirmou. Há informações, porém, de que integrantes da equipe não gostaram do fato de Gilmar não ter explicado o que ocorreu para resolver o caso logo no domingo. Nesta segunda, o jornal italiano Gazzetta dello Sport publicou reportagem que dizia que Maicon chegou onze horas atrasado em sua reapresentação, marcada para as 20 horas de sábado. Integrantes da CBF acabaram confirmando que o motivo do corte foi, de fato, o atraso na reapresentação do atleta no hotel.
‘Compromissos’ – Apesar de ser o novo capitão da seleção, Neymar disse nesta segunda que não foi consultado sobre o que deveria acontecer com Maicon depois do episódio de indisciplina. “Foi uma decisão da comissão técnica. Eu só falei com ele no quarto e a gente se despediu”, disse o craque. Em seguida, ele foi questionado sobre se Dunga usou Maicon para mostrar que não vai tolerar o desrespeito às ordens. “A gente sabe o que a gente quer. Sabemos dos nossos compromissos”, respondeu o camisa 10. Neymar volta aos Estados Unidos quatro anos depois de fazer sua estreia pela equipe, em amistoso disputado no próprio estádio MetLife. Na ocasião, ele marcou um gol de cabeça na vitória por 2 a 0. Dunga deverá escalar o lateral Danilo, do Porto, no lugar de Maicon, que foi titular na sexta, contra a Colômbia. Na zaga, David Luiz, machucado, deverá ser substituído por Marquinhos.
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1. Com gol de Neymar, o Brasil derrota a Colômbia na volta de Dunga ao comando da seleção, em amistoso disputado em Miami
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1/19 Com gol de Neymar, o Brasil derrota a Colômbia na volta de Dunga ao comando da seleção, em amistoso disputado em Miami (Bruno Domingos/Mowa Press/Divulgação/VEJA)
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2/19 Com gol de Neymar, o Brasil derrota a Colômbia na volta de Dunga ao comando da seleção, em amistoso disputado em Miami (Robert Mayer/USA Today Sports/Reuters)
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4. Com gol de Neymar, o Brasil derrota a Colômbia na volta de Dunga ao comando da seleção, em amistoso disputado em Miami
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4/19 Com gol de Neymar, o Brasil derrota a Colômbia na volta de Dunga ao comando da seleção, em amistoso disputado em Miami (Robert Mayer/USA Today Sports/Reuters)
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6. Lance do amistoso entre Brasil e Colômbia, em Miami, reestreia do técnico Dunga pela seleção
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6/19 Lance do amistoso entre Brasil e Colômbia, em Miami, reestreia do técnico Dunga pela seleção (Mike Ehrmann/Getty Images/AFP)
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9/19 Lance do amistoso entre Brasil e Colômbia, em Miami, reestreia do técnico Dunga pela seleção (Lynne Sladky/AP)
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Lance do amistoso entre Brasil e Colômbia, em Miami, reestreia do técnico Dunga pela seleção
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1. Resgatar a confiança do time
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(Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
Em sua primeira lista, Dunga chamou apenas dez jogadores que participaram da última Copa do Mundo. Todos eles, no entanto, ainda têm bem vivas na memória as lembranças da derrota por 7 a 1 para a Alemanha no maior vexame da história da seleção brasileira. Um dos candidatos a receber a faixa de capitão do time de Dunga, o zagueiro David Luiz foi um dos atletas que mais sofreram depois do massacre no Mineirão. Oscar e Marcelo, outras referências do novo ciclo da seleção, também ficaram marcados negativamente. A primeira missão de Dunga é elevar o moral destes jogadores e, para isso, ele poderá usar a si mesmo como exemplo. Após a Copa de 1990, ele se tornou o símbolo de uma geração fracassada. Quatro anos depois, foi o capitão na conquista do tetracampeonato nos Estados Unidos. -
2. Controlar os nervos dos atletas
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(Ricardo Corrêa/VEJA)
O descontrole emocional da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari no Mundial em casa foi flagrante. O capitão do time, Thiago Silva, chegou a chorar em campo e se negar a cobrar um pênalti na decisão das oitavas de final contra o Chile. Com Dunga, que foi um líder incontestável durante seus tempos de jogador, a tendência é ver em campo uma seleção mais séria e focada. Avesso à superexposição – já criticou atletas que abusam das redes sociais e das campanhas publicitárias – Dunga deve pedir mais atenção ao que acontece em campo e blindar seus jogadores das críticas da torcida e da imprensa. -
3. Encontrar a melhor versão de Neymar
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(Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
Dunga afirmou que gostaria de ver de volta o “Neymar do Santos”. Segundo ele, o principal jogador da seleção brasileira perdeu um pouco da espontaneidade de seu jogo depois que se transferiu do clube paulista para o Barcelona. Mas além de resgatar a “ousadia e alegria” do craque, Dunga quer um Neymar mais maduro. Se nos últimos anos o atacante foi poupado de críticas por ser jovem demais, agora, aos 22 anos, espera-se dele uma postura de liderança. No Mundial da Rússia, tanto ele quanto Oscar estarão na plenitude de suas carreiras e podem ser as referências de um renascimento do futebol nacional. -
4. Formar um meio-campo criativo
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(Clint Hughes/Getty Images/VEJA)
Durante toda a Copa, ficou clara a dificuldade brasileira em criar as jogadas no meio-campo. O time de Felipão exagerou nos chutões vindos da defesa e prejudicou os atacantes, que raramente recebiam bolas em boas condições de finalizar. Contra a Alemanha de Kroos, Schweinsteiger, Özil e companhia, a diferença de qualidade foi assustadora. Dunga, que foi um volante de bom passe, parece preocupado em solucionar este problema. Em sua primeira lista, deu chance a armadores de boa técnica, como Phillippe Coutinho (foto) e Éverton Ribeiro. Oscar e Willian são outros jogadores que qualificam bastante o setor. Ainda é pouco, porém, para quem precisa retomar a mística do “jogo bonito”. -
5. Renovar sem radicalizar
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(Bruno Domingos/VEJA.com)
Em 2006, Dunga foi obrigado a rejuvenescer uma seleção decadente e sem fome de grandes conquistas. Desta vez, no entanto, as mudanças devem ser menos radicais. Júlio César, Fred e Daniel Alves são alguns dos poucos atletas convocados para a Copa que parecem ter encerrado suas trajetórias na seleção nacional. Uma boa parte do grupo – Neymar, David Luiz, Marcelo, Oscar, Willian, entre outros – tem idade ideal para integrar a equipe nos próximos quatro anos. O desafio de Dunga é, portanto, arejar a equipe nas posições mais carentes, não necessariamente com jogadores jovens. Os jogadores de clubes brasileiros lembrados na primeira lista do treinador parecem se enquadrar neste quesito. -
6. Definir um esquema tático
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(Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
Dunga deixou de fora de sua primeira lista o atacante Fred, execrado durante a Copa por sua falta de movimentação, e abriu mão de um centroavante de referência. “Nós vimos na Copa do Mundo que temos de refazer nosso pensamento. Atacantes são todos os jogadores que chegam à frente”, afirmou Dunga, usando a Alemanha como exemplo a ser seguido. Até pela escassez de goleadores natos, é possível prever uma equipe com maior movimentação no ataque – as presenças de Ricardo Goulart e Diego Tardelli deixaram clara a preferência de Dunga – com Neymar livre para entrar na área. O esquema com um “falso 9”, consagrado pelo Barcelona de Guardiola, exigirá muito treinamento e disciplina tática.
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1. Neymar
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(Alexandre Battibugli/VEJA)
Neymar já está acostumado a ser a maior referência da seleção brasileira. Apesar da pouca idade, o atacante do Barcelona suportou a pressão e foi o craque da equipe na Copa do Mundo até sofrer uma grave lesão diante da Colômbia, nas quartas de final. Sem ele, o Brasil se apequenou de forma assustadora e sofreu o maior vexame de sua história diante da Alemanha. Aos 22 anos, o atacante deve assumir ainda mais responsabilidades no grupo de Dunga, que disse esperar ter de volta a ousadia do “Neymar do Santos”. Carismático e decisivo, ele tem o respeito e a admiração de todos os companheiros e está, inclusive, cotado para ostentar a faixa de capitão. Com a ausência de um centroavante de referência na primeira lista, Neymar tende a ser mais finalizador e menos driblador na nova era Dunga. -
2. David Luiz
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(Stefano Rellandini/Reuters/VEJA)
O zagueiro David Luiz foi do céu ao inferno durante a Copa do Mundo. No intervalo de duas partidas, ele passou de herói da classificação contra a Colômbia a um dos principais culpados pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha. O sorriso fácil do cabeludo deu lugar a choro e lamentação depois do fiasco do Mineirão. Apesar disso, David Luiz segue sendo uma das referências deste grupo. É um líder natural, tanto por sua personalidade como por sua garra e qualidade técnica. Recém-contratado pelo Paris Saint-Germain, o jogador de 27 anos já não é mais tão garoto, mas segue no auge de sua forma física e é deve ser uma peça fundamental no novo grupo de Dunga. -
3. Oscar
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(Alexandre Battibugli/VEJA)
Oscar terminou a Copa do Mundo em baixa (só teve uma grande atuação em toda a campanha, na estreia, diante da Croácia), mas ainda tem muito a oferecer à equipe nacional. Tímido e muito jovem, ele não suportou a pressão de ser o único armador da equipe pentacampeã em um Mundial em casa. Em 2018, porém, Oscar terá 26 anos e estará mais maduro para exercer esta função. Titular do Chelsea e cada vez mais adaptado ao futebol europeu, ele deve dividir o protagonismo com a Neymar nos próximos anos. -
4. Philipe Coutinho
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(Clint Hughes/Getty Images/VEJA)
O setor de meio-campo foi um dos pontos mais vulneráveis da seleção brasileira de Felipão. Sem bons passadores, o time abusou dos chutões vindos da zaga e não facilitou a vida dos homens de frente. Dunga parece ter detectado o problema logo de cara ao chamar o jovem Philippe Coutinho. Revelado pelo Vasco, o jogador de 22 anos vem de ótima temporada pelo Liverpool. Camisa 10 do time inglês, Coutinho é chamado de “pequeno mágico” pelo companheiro Steven Gerrard, uma verdadeira lenda do clube, graças a seus dribles e passes preciosos. Como Dunga já esboça uma seleção com dois armadores e um meio mais criativo, Philippe Coutinho pode ser um ótimo parceiro para Oscar. Pela idade que têm, eles podem atuar em alto nível por mais duas Copas. -
5. Marquinhos
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(Yoan Valat/EFE/VEJA)
David Luiz, Thiago Silva e Miranda devem iniciar o trabalho de Dunga brigando pelas duas vagas na zaga, mas Marquinhos, de 20 anos, é apontado como o futuro da seleção brasileira no setor. Revelado pelo Corinthians, ele foi vendido à Roma, da Itália, onde se firmou rapidamente. Negociado ao Paris Saint-Germain, seguiu demonstrando uma maturidade fora do comum para a idade e se tornou um dos zagueiros mais cobiçados da Europa: recentemente, o clube francês recusou uma proposta de 40 milhões de euros (120 milhões de reais) do Barcelona, pelo brasileiro. Com estilo semelhante ao de Thiago Silva, de quem é companheiro no PSG, Marquinhos é o capitão da seleção olímpica e deve receber chances no time de cima em breve. -
6. Danilo
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(VEJA.com/Getty Images)
O lateral-direito Danilo ainda é um jogador pouco conhecido no cenário internacional e terá um longo caminho a percorrer até se firmar na seleção. No entanto, a falta de concorrentes jovens e a idade avançada de Maicon e Daniel Alves abrem espaço para o jogador do Porto. Lembrado pela boa passagem pelo Santos – marcou o último gol da campanha do título da Libertadores de 2011 – o jogador de 23 anos aparece com boas chances de se tornar o dono da ala direita na nova era Dunga. -
7. Jefferson
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(Juan Mabromata/AFP/VEJA)
Dunga está em busca de um goleiro de confiança, já que o posto ficou com vago depois do Mundial. Vários nomes são apontados como sucessores de Júlio César, mas, a princípio, Jefferson larga na frente dos concorrentes. Reserva na Copa, o jogador de 31 anos vive ótimo momento – ao contrário de seu time, o Botafogo – e diz estar pronto para agarrar sua chance. Na seleção, ele terá como preparador de goleiros o ídolo Claudio Taffarel, tetracampeão em 1994, com quem pode pegar boas dicas. Rafael Cabral, do Napoli, tem sete anos a menos e surge como opção.
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1. Após o Maracanazo de 1950
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1/5
(AE/VEJA)
A derrota para o Uruguai em pleno Maracanã, no jogo decisivo da Copa de 1950, era a maior decepção da história da seleção brasileira - pelo menos até o último Mundial. Depois do trágico Maracanazo, o chamado “escrete nacional” só voltou a jogar quase dois anos depois, contra o México, pelo Pan-Americano de 1952, em Santiago, no Chile. Do time que perdeu para o Uruguai, saíram quase todos os integrantes, incluindo o goleiro Barbosa, crucificado pelo gol do uruguaio Alcides Gigghia (foto), e Zizinho, o craque do time. O Brasil venceu o México por 2 a 0 com gols de Baltazar. Daquele time de 1952, nove jogadores (Castilho, Pinheiro, Nílton Santos, Brandãozinho, Bauer, Julinho, Didi, Baltazar e Rodrigues, além do técnico Zezé Moreira) começaram jogando na estreia da Copa de 1954, uma vitória por 5 a 0 contra o mesmo México.
Brasil 1 x 2 Uruguai – 16 de julho de 1950
Time: Barbosa (Vasco), Augusto (Vasco), Juvenal (Flamengo), Bauer (São Paulo), Danilo Alvim (Vasco), Bigode (Flamengo), Friaça (São Paulo), Zizinho (Bangu), Ademir Menezes (Vasco), Jair Rosa Pinto (Palmeiras) e Chico (Vasco)
Técnico: Flávio Costa
Brasil 2 x 0 México – 6 de abril de 1952
Time: Castilho (Fluminense), Araty (Botafogo), Pinheiro (Fluminense), Bauer (São Paulo), Nílton Santos (Botafogo), Brandãozinho (Portuguesa), Julinho (Portuguesa), Didi (Fluminense), Ademir Menezes (Vasco), Baltazar (Corinthians) e Rodrigues II (Palmeiras)
Técnico: Zezé Moreira -
2. Após perder o trono em 1966
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2/5
(Getty Images/VEJA)
A seleção brasileira era bicampeã mundial, mas foi eliminada da Copa do Mundo da Inglaterra ainda na primeira fase, com uma derrota para Portugal, de Eusébio. Nenhum dos jogadores que participaram da derrota em Liverpool esteve no jogo seguinte, quase um ano depois, um empate sem gols contra o Uruguai na Copa Rio Branco, em Montevidéu – nem mesmo Pelé, que anunciou sua aposentadoria da seleção, mas mudou de ideia anos depois. Dos atletas convocados por Aimoré Moreira em 1967, Félix, Everaldo, Piazza e Tostão foram titulares na campanha do tri, em 1970, no México, sob o comando de Zagallo.
Brasil 1 x 3 Portugal – 19 de julho de 1966
Time: Manga (Botafogo), Fidélis (Bangu), Britto (Vasco) Orlando Peçanha (Santos), Rildo (Botafogo), Denílson (Fluminense), Lima (Santos), Jairzinho (Botafogo), Silva (Flamengo), Pelé (Santos) e Paraná (São Paulo)
Técnico: Vicente Feola
Brasil 0 x 0 Uruguai – 25 de junho de 1967
Time: Félix (Portuguesa), Everaldo (Grêmio) Jurandyr, (São Paulo), Roberto Dias (São Paulo), Sadi (Internacional), Piazza (Cruzeiro), Dirceu Lopes (Cruzeiro), Paulo Borges (Bangu), Alcindo (Grêmio), Tostão [Cruzeiro] e Volmir Massaroca (Grêmio).
Técnico: Aimoré Moreira -
3. Após a tragédia do Sarriá
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3/5
(J. B. Scalco/VEJA)
Os três gols do atacante italiano Paolo Rossi tiraram da Copa da Espanha uma das seleções mais recordadas de todas as edições dos Mundiais. Com um time repleto de estrelas, o Brasil encantou os espanhóis com um jogo vistoso e vibrante, mas parou na eficiência da equipe italiana, nas quartas de final, no Sarriá, em Barcelona. O jogo seguinte à duríssima derrota foi uma vitória sobre o Chile, em amistoso no Rio. Júnior, Sócrates, Zico, Leandro e Éder participaram das duas partidas – os três primeiros também jogaram o Mundial seguinte, em 1986.
Brasil 2 x 3 Itália – 5 de julho de 1982
Time: Waldir Peres (São Paulo), Leandro (Flamengo), Oscar (São Paulo), Luizinho (Atlético-MG), Júnior (Flamengo), Toninho Cerezo (Atlético-MG), Falcão (Roma), Sócrates (Corinthians), Zico (Flamengo), Serginho (São Paulo) e Éder (Atlético-MG)
Técnico: Telê Santana
Brasil 3 x 2 Chile – 28 de abril de 1983
Time: Leão (Corinthians), Leandro (Flamengo), Marinho (Flamengo), Márcio Rossini (Santos), Júnior (Flamengo), Batista (Palmeiras), Sócrates (Corinthians), Zico (Flamengo), Tita (Grêmio), Careca (São Paulo) e Éder (Atlético-MG)
Técnico: Carlos Alberto Parreira -
4. Após a arrancada de Maradona
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4/5
(Pedro Martinelli/VEJA)
Ser eliminado da Copa do Mundo, nas oitavas de final, pela Argentina de Maradona e Caniggia, provocou grandes mudanças na CBF. O ex-jogador e hoje comentarista Paulo Roberto Falcão estreou como treinador e convocou uma seleção bastante jovem e renovada. Na primeira partida, uma derrota por 3 a 0 em amistoso contra a Espanha, não houve nenhum "sobrevivente" da derrota em Turim. Falcão durou pouco no cargo (foi substituído por Parreira), mas Cafu e Márcio Santos foram campeões do mundo em 1994 - assim como Taffarel, Jorginho, Dunga, Branco, Müller, Romário e Bebeto, que fizeram parte do time de Lazaroni.
Brasil 0 x 1 Argentina – 24 de junho de 1990
Time: Taffarel (Internacional), Ricardo Rocha (São Paulo), Mauro Galvão (Botafogo), Ricardo Gomes (Benfica), Jorginho (Bayer Leverkusen), Dunga (Fiorentina), Alemão (Napoli), Valdo (Benfica), Branco (Porto), Müller (Torino), Careca (Napoli)
Técnico: Sebastião Lazaroni
Brasil 0 x 3 Espanha – 12 de setembro de 1990
Velloso (Palmeiras), Gil Baiano (Bragantino), Paulão (Cruzeiro), Márcio Santos (Novorizontino), Nelsinho (Flamengo), Moacir (Atlético-MG), Cafu (São Paulo), Donizete Oliveira (Grêmio), Neto (Corinthians), Charles (Bahia) e Nílson (Grêmio)
Técnico: Falcão -
5. Após as cabeçadas de Zidane
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5/5
(Ricardo Correa/VEJA)
A perda do penta na final da Copa de 1998, com direito a convulsão de Ronaldo na concentração e dois gols de cabeça de Zidane, encerraram o ciclo de Zagallo como técnico da seleção. Em seu lugar entrou Vanderlei Luxemburgo, que apostou em um time jovem e com vários jogadores que ele já havia comandado nos clubes. No primeiro amistoso, contra a Iugoslávia, em Fortaleza, o Brasil não saiu do empate - Marcelinho Carioca fez o gol brasileiro, de falta. Cafu, Vampeta, Rivaldo e Denílson foram campeões do Mundo, em 2002, com Felipão, no fim deste ciclo.
Brasil 0 x 3 França – 12 de julho de 1998
Time: Taffarel (Atlético-MG), Cafu (Roma), Aldair (Roma), Júnior Baiano (Flamengo), Roberto Carlos (Real Madrid), César Sampaio (Yokohama Flugels), Dunga (Jubilo Iwata), Rivaldo (Barcelona), Leonardo (Milan), Bebeto (Botafogo), Ronaldo (Inter de Milão)
Técnico: Zagallo
Brasil 1 x 1 Iugoslávia – 23 de setembro de 1998
Time: André (Internacional), Cafu (Roma), Antônio Carlos (Roma), Cléber (Palmeiras), Felipe (Vasco), Marcos Assunção (Flamengo), Vampeta (Corinthians), Marcelinho Carioca (Corinthians), Rivaldo (Barcelona), Müller (Cruzeiro) e Denílson (Bétis)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
(Com Estadão Conteúdo)