Sofrendo com seguidas lesões há alguns anos, o meia Valdivia passou por uma biópsia no músculo deltóide superficial do ombro esquerdo com o intuito de detectar o motivo destes problemas musculares. Segundo o resultado do exame, que foi realizado pelo Laboratório de Patologia Neuromuscular da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), o jogador chileno poderá ter uma sequência maior de jogos se realizar algumas mudanças nos treinamentos.
‘Normalmente os esportistas tendem a ter predominância de fibras musculares do tipo I (aeróbica), e observamos que o Valdivia tem predominância do tipo II (anaeróbica), que dão mais força. Assim, é recomendado que as fibras do tipo II B sejam transformadas em II A, para fortalecer o metabolismo do atleta, e é isso que passamos para os médicos do Palmeiras’, disse Beny Schmidt, chefe do laboratório que realizou a biópsia, em contato por telefone pela GE.Net.
O médico da Unifesp deixou claro que caberá ao departamento médico do Palmeiras entender como utilizar os resultados do exame no dia a dia dos treinamentos do jogador chileno. No entanto, Schmidt deu a sua opinião sobre o procedimento mais usual para esse tipo de caso.
‘A tendência é que o jogador passe a realizar um treinamento mais aeróbico para melhorar a proporção de fibras musculares e com isso se fortaleça. Com essa alteração pode ser que a gente reduza e elimine as seguidas contusões musculares do Valdivia. Acho que ele vai estar inteiro em tempo muito próximo, já para as partidas da Copa do Brasil’, afirmou Schmidt.
Valdivia voltou a jogar no último domingo depois de ficar afastado devido a uma lesão na coxa esquerda. O atleta, no entanto, só atuou por cerca de 30 minutos na derrota por 3 a 2 para o Guarani, ao entrar no lugar de João Vitor no duelo que eliminou o Palmeiras nas quartas de final do Campeonato Paulista.