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Betão rejeita torcida ao Timão e deixa em aberto sondagem tricolor

Por Da Redação
11 jun 2012, 10h02

Criado no famoso ‘terrão’ das escolinhas do Corinthians, Betão perdeu a forte ligação com as suas origens e o sentimento vindo do coração. Na semifinal da Copa Libertadores da América a partir desta quarta-feira, o zagueiro é enfático ao citar que terá uma postura neutra, já que se nega a torcer contra o Santos, clube que atuou por apenas cinco meses, mas o acolheu em uma etapa complicadíssima da carreira, após o rebaixamento para a Série B do Brasileiro pelo Timão no fim de 2007.

‘Eu sempre fico em situação difícil quando esses dois times se enfrentam. Muita gente não entende, mas a minha posição é sincera. Não consigo torcer, fui criado no Corinthians, mas o Santos me abriu as portas em um momento difícil’, confirma o zagueiro.

Em entrevista exclusiva, Betão também falou sobre a experiência de jogar na Ucrânia e revelou o contato recente com três times brasileiros para uma possível negociação. Ao ser questionado sobre a chance de reencontrar o técnico Emerson Leão, atual técnico do São Paulo, com quem trabalhou no Corinthians e no Santos, o zagueiro deu uma resposta que abre diversas interpretações:

‘Como não foi nada oficial, se eu falar qualquer coisa, as pessoas podem desmentir do outro lado e criar um clima ruim. Então, prefiro não dizer nada neste momento’, explica o atleta, que seria uma opção para reforçar o tão criticado sistema defensivo da equipe do Morumbi.

Veja o bate-papo com o zagueiro Betão:

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GE.NET – Teremos a partir desta semana o esperado confronto entre Corinthians e Santos. Você vai torcer por alguém?

BETÃO: Na verdade, eu sempre fico em situação difícil quando esses dois times se enfrentam. Muita gente não entende, mas a minha posição é sincera. Não consigo torcer, fui criado no Corinthians, mas o Santos me abriu as portas em um momento difícil, eu só fiquei lá por cinco meses, mas o gesto de abrir a porta, a confiança, a qualidade de trabalho, o clima criado, é difícil apontar uma preferência.

GE.NET – Pode fazer uma análise fria sobre o confronto?

BETÃO: Posso analisar que o Santos é mais técnico, bem armado, um padrão de jogo determinado. O Corinthians também está bem padronizado, talvez sem a mesma técnica, mas com uma força de vontade incrível. Acredito que o duelo será equilibrado.

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GE.NET – O que jeito que você deixou o Parque São Jorge criou esse distanciamento maior? Ficou alguma mágoa?

BETÃO: É claro que tive problemas, com a torcida, mas acho que são coisas que passaram. Você fica chateado no momento, eu fiquei lá até o fim, lutando, fazendo o meu melhor. De repente, esperava um reconhecimento maior. Mas já se passaram cinco anos. O Corinthians está em outro momento, eu também estou ótimo.

GE.NET – Por ter atuado no Santos, você sabe como é o caldeirão da Vila. Foi uma boa escolha da diretoria do Peixe mandar o jogo contra o Corinthians na Baixada?

BETÃO: Sim, acho que o Santos fez bem, teoricamente foi uma ótima escolha, o adversário se sente pressionado, a torcida é uma coisa linda na Vila, ainda mais contra o Corinthians, que para o santista é o maior rival.

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GE.Net – Quando estava no Corinthians, você era muito próximo ao Tevez. Continuam se falando?

BETÃO: A última vez que conversamos foi em um jogo entre as nossas equipes pela Liga Europa, foi na temporada 2010/2011, faz um ano, foi no começo do ano passado. Eu, inclusive, estive em Manchester, conheci a casa dele e dei um passeio pela cidade.

GE.Net – Na época, ele confidenciou qual era o desejo sobre o futuro profissional? Ele falava sobre o Corinthians?

BETÃO: Ele passava que tinha o desejo de continuar na Europa naquela ocasião, só não queria ficar na Inglaterra, mas agora não sei.

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GE.NET – E a sua ideia é continua na Ucrânia por quanto tempo?

BETÃO: Se fosse por mim, se fosse solteiro e sem filhos, ficaria na Ucrânia por mais dez anos, digo isso porque considero um lugar bom para se trabalhar, a Dínamo disputa boas competições, contra os melhores jogadores do mundo. Culturalmente também posso conhecer muita coisa. Mas meu filho vai fazer três anos, para ele é muito difícil, o idioma, a adaptação, achar uma escolinha, então eu tenho o pensamento de voltar ao Brasil ou partir para um centro maior.

GE.NET – Você teve propostas?

BETÃO: Aqui no Brasil, três pessoas ligadas a clubes me procuraram, de fora também houve uma consulta.

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GE.NET – Esse time do exterior é de um centro mais tradicional?

BETÃO: Então, a proposta era para uma equipe da Rússia, então era um país semelhante ao que estou. Vamos ver o que acontece mais para frente, daqui um tempo eu já terei a chance de assinar um pré-contrato.

GE.NET – Aqui no Brasil, o Emerson Leão, atual técnico do São Paulo, sempre foi fã do seu futebol, inclusive o levou para o Santos depois de trabalharem juntos no Corinthians. Posso entender que um dos times que te procurou foi o São Paulo?

BETÃO: Como não foi nada oficial, se eu falar qualquer coisa, as pessoas podem desmentir do outro lado e criar um clima ruim. Então, prefiro não dizer nada neste momento.

GE.Net – Se você realmente ficar no Dínamo por mais uma temporada, como conter a hegemonia do Shakhtar Donetsk sobre o seu time?

BETÃO: O Dínamo continua sendo o time mais tradicional, com maior número de títulos e maior torcida, mas o Shakhtar tem dominado as competições nos últimos três anos, eu dou crédito aos brasileiros que atuam lá, ao Willian, ao Fernandinho. Eles fizeram um planejamento muito bom mesmo. O Dínamo está tentando reverter, não sei se teremos novas contratações para a próxima temporada, mas acredito em outra mentalidade.

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