O ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), Mohammed Bin Hammam, que teve o seu banimento do esporte mantido na última quinta-feira pela Comissão de Recursos da Fifa, prometeu entrar com recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) contra a própria entidade.
O escândalo envolvendo o dirigente estourou no fim do mês de maio, antes da eleição na qual Bin Hammam era o único candidato de oposição ao atual presidente Joseph Blatter. O dirigente foi acusado de ter comprado votos durante uma reunião da Confederação Caribenha de Futebol, distribuindo envelopes com US$ 40 mil (R$ 68 mil aproximadamente).
Segundo o advogado dele, Eugene Gulland, Hamman levará o caso até as últimas instâncias para reaver os direitos que tinha. Ainda de acordo com Gulland, a negativa da Fifa já era esperada, e essa apelação serviu apenas para o catariano ter a possibilidade de acionar o CAS.
‘O sr. Bin Hammam já se falou publicamente que não tinha otimismo de que a justiça prevalecesse nos processos de apelação da Fifa, mas esse era um protocolo que o possibilitava entrar com um recurso no CAS’, comentou.
Outro ponto que será tratado em mais um recurso é a nomeação do chinês Zhang Jilong como presidente em exercício da AFC, cargo que, segundo o jurista, não pode ser ocupado até a decisão final sobre Hamman.