Por AE
Dubai – O chefe-executivo do Circuito Internacional do Bahrein afirmou nesta terça-feira que grupos extremistas estão usando “táticas alarmistas” para valorizar a agitação política no país e causar o cancelamento do GP de Fórmula 1, marcado para o dia 22 de abril.
“O que está acontecendo é que alguns observadores não estão suficientemente interessados ou comprometidos em investigar a situação. Isto, combinado à táticas de certos grupos extremistas nas redes sociais, tem gerado uma concepção muito equivocada sobre a real situação do país”, afirmou Zayed Al Zayani.
Apesar das declarações de Al Zayani, que reiterou a segurança do país para receber a corrida de F1, o governo do Bahrein segue enfrentando protestos antigovernamentais que já causaram 50 mortes. Estas mesmas manifestações causaram o cancelamento da corrida do ano passado.
Em uma tentativa de comprovar a segurança do Bahrein, o chefe-executivo divulgou nesta terça um documento supostamente assinado pela Lotus garantindo a segurança do local. A equipe teria produzido o relatório após visitar o país recentemente.
Mais cedo nesta terça, o chefão da F1 Bernie Ecclestone afirmou que caberiam às equipes decidir se competiriam no Bahrein. Era uma resposta do detentor dos direitos da categoria às equipes, que haviam ameaçado boicotar a etapa do dia 22. “Não posso dizer ‘vocês têm que ir'”, declarou Ecclestone, que ressalvou: “Se não forem, estarão violando o acordo conosco”.
“Por motivos comerciais, eles têm que ir. Mas são eles que decidem se vão ou não. Por enquanto, nenhuma equipe disse que não compareceria”, afirmou. Em resposta a Ecclestone, a associação das equipes, a Fota (Formula One Teams Association), disse que a decisão de correr no Bahrein deve ser dos responsáveis pela Fórmula 1.
“Há certa especulação recentemente sobre a possibilidade de as equipes cancelarem o GP do Bahrein deste ano. Isto não será possível. As equipes não têm competência para cancelar um GP. Nós corremos em uma categoria internacional chamada FIA Formula 1 World Championship e cabe à FIA dar orientações às equipes sobre estes assuntos”, registrou a Fota, em nota.