Astros do basquete argentino condenam provocações ao Brasil
Torcedores argentinos que relembraram o 7 a 1 e insultaram a torcida local foram repreendidos por Scola, Ginobili e Nocioni
O clima de estádio de futebol que toma conta de todos os eventos da Rio-2016 não é provocado apenas por brasileiros. Os hinchas argentinos, que já fizeram muito barulho em jogos de várias modalidades, aproveitaram o triunfo de sua seleção de basquete contra a Nigéria para provocar os brasileiros, com cantos e mensagens que lembravam a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. Os dois principais ídolos do basquete argentino, os campeões olímpicos Luís Scola e Manu Ginóbili, reprovaram a atitude de seus compatriotas.
Scola, um histórico carrasco do Brasil, foi duro nas críticas. “Me parece uma besteira insultar a um país que sempre nos trata de forma excelente e ao qual 60% dos argentinos escolhem para para visitar nas férias de verão. É uma bobagem que se disfarça de cultura e para mim é exatamente o oposto”, disse o jogador do Brooklyn Nets ao jornal La Nación.
Arenas vazias, culpa da torcida
“Posso soar antipopular, mas me parece uma tremenda idiotice que em um Argentina x Nigéria se grite contra o Brasil. Eu não quero que o Brasil perca, exceto quando joguem contra a Argentina. Todas as vezes que vim aqui, fui bem tratado. Não me identifico com o que essas pessoas fizeram”, completou o capitão argentino Scola.
Ginóbili, ídolo histórico do San Antonio Spurs, também condenou os compatriotas. “Preferia não escutar canções contra o Brasil, mas em nosso favor. É algo muito futbolero e que eu realmente não aprecio. É bom que as pessoas venham para nos apoiar porque precisamos deste respaldo.” Outro campeão olímpico, o ala Andrés Nocioni (ex-Chicago Bulls, entre outros times da NBA) também recusou a rivalidade. “Respeito os brasileiros porque estão fazendo um grande esforço para fazer uma Olimpíada da melhor maneira possível.” Scola, Ginóbili e Nocioni foram campeões olímpicos em Atenas-2004, junto com o técnico Ruben Magnano, que hoje dirige o Brasil.