Emerson Leão contou à Gazeta Esportiva.Net que ‘cortou o bico’ de Cícero, único jogador que reclamou de seu trabalho em um mês no São Paulo. O meio-campista, que se sentiu injustiçado ao nem ficar no banco de reservas no segundo jogo do técnico, já selou a paz com o chefe, mas crê que não errou em suas declarações.
‘Falar demais eu não falei. É lógico que jogador não gosta de ficar fora da partida, é normal. O jogador que aceita isso é acomodado, e isso não sou’, falou o camisa 16, em sua primeira entrevista coletiva desde o problema, três semanas depois do ocorrido.
Antes entre os preferidos com Adilson Batista, Cícero foi para o banco logo na estreia de Leão, entrando no fim da derrota para o Libertad, pela Sul-americana. No jogo seguinte, diante do Vasco, pelo Brasileiro, foi até São Januário, mas teve que assistir das tribunas ao empate por 0 a 0.
‘Com certeza [me sinto injustiçado]. Eu estou acostumado a jogar, não entendi [a decisão]. Quando não mereço, não entendo’, reclamou o jogador na época, afirmando ainda que o treinador não devia conhecê-lo, já que tinha dito nem saber o tom de voz de Cícero por raramente ouvi-lo falar.
Na época, Leão pedi inteligência ao meio-campista para entender que havia um rodízio e que ‘quem não tem paciência, não merece ser escalado’. Na mesma semana da polêmica, o técnico contou que Cícero o procurou para dizer que não afirmou da forma como foi divulgado. O ex-goleiro relatou que riu ao ouvir a explicação e deixou-o livre para falar o que quiser nas entrevistas.
Desde então, foram quatro partidas, todas com Cícero como titular como lateral esquerdo ou volante. ‘Tivemos uma conversa e resolvemos tudo que tínhamos que resolver’, relatou Cícero. ‘O Leão veio devagar, fomos nos conhecendo mais e hoje está tudo resolvido. Independentemente do que aconteceu, estamos nos dando super bem. Ele comigo e com o grupo tudo’, continuou.
Satisfeito pela hierarquia respeitada e entendida, Leão lembra do assunto sorrindo. ‘O Cícero pôs o bico de fora e já falei ?vou cortar, esse bico não me serve’.’ E o comandado entendeu: é melhor trabalhar do que falar. ‘Independentemente do que aconteceu na minha vida, jogando ou não, trabalho em campo. Sempre fui profissional e não é assim que vou mudar meu jeito de ser’, prometeu o atleta.