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Após ter barrado Marcos, Leão o coloca no ‘prisma de exceção da Academia’

Por Da Redação
4 jan 2012, 18h18

Quando ouviu, ainda em novembro, que Marcos estava pensando em abandonar o futebol no fim de 2011, o técnico Emerson Leão não acreditou. O comandante do São Paulo alegou ‘conhecê-lo desde moleque’ e que escutava a história de sua aposentadoria há muitos anos, mas não escondeu o respeito pelo camisa 12.

‘Quando cheguei para treinar o Palmeiras, no primeiro dia, ele encostou na porta da minha sala e disse: ‘chefe, parei’. Como é? ‘Parei’. Então desencosta daí e vai embora para casa. Ele ficou me olhando… Esse jogador não me serve. Eu não podia perdê-lo. Aí ele começou a tratar e ficou bom. Aí começou a treinar. Treina aqui, treina ali, melhorando, melhorando…’, recorda o ex-goleiro do Verdão, em entrevista à GE.Net.

Agora, depois de muitas promessas, o ídolo realmente deixou a carreira. Marcos convive com a dor há muitos anos, o que o fez ter a ideia de se aposentar várias vezes. Mas, apesar da aparente indiferença com a dúvida que existia na cabeça do Santo em 2005, Leão aproveitou o status de ídolo de uma geração vitoriosa do Palmeiras para incentivar o então goleiro a se manter nos gramados.

‘O Marcos está em um prisma de exceção na história do Palmeiras, assim como estão Leão, Luis Pereira, Ademir e toda aquela turma da Academia. Ele não vai passar. Estará sempre na memória dos torcedores e dos treinadores que o treinaram. Merece tudo e um pouco mais’, exalta.Por ter disputado 617 jogos com a camisa alviverde, entre as décadas de 1960, 1970 e 1980, Leão queria ver sua marca sendo ultrapassada por Marcos e usava os números como um incentivo.

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‘Ele tem uma trajetória maravilhosa no clube. Eu falava para ele: ‘não para, treina, suporta, você tem que bater um recorde do goleiro que jogou mais no Palmeiras, que por coincidência sou eu’. Eu ficava brincando e o puxando. É uma pessoa sensacional, que tem os repentes dele, as loucuras dele, as coisas maravilhosas dele…’, salienta.

Mas o próprio Leão colaborou para Marcos ter menos jogos do que poderia no Verdão. Em sua última passagem pelo clube, o treinador chegou a deixar o pentacampeão no banco de reservas, apostando em Sérgio como titular.

‘E os puxa-sacos do Marcos ficavam me cobrando, pareciam mulher dele. Já estava dando para ele jogar e eu segurando, segurando. Em um belo dia, fizemos um coletivo e acho que ele tomou uns oito gols. No oitavo, ele pegou a bola e deu um bico para cima, eu virei as costas e fingi que não vi. Fui para a coletiva e vieram: ‘professor, e agora? O Marcos fez uma indisciplina e tal”, comenta o técnico, que teve uma resposta inesperada na época.

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‘Eu falei: ‘você é gozado, né? Até hoje estava me cobrando para escalar o Marcos, hoje que ele deu um balão na bola você está perguntando se eu vou punir? Sabe o que eu vou fazer com ele? Ele está escalado para jogar domingo. Sabe por quê? Porque teve uma reação. Até agora, ele estava normal, em stand by, água morna, sanduíche de chuchu, não me serve. Agora que teve uma reação, está escalado”, acrescenta.

Marcos voltou a ser titular na equipe de Leão, mas as lesões o seguiram até 2011, forçando-o a confirmar a aposentadoria. A partir de agora, Marcos é ex-goleiro que fez história no Palmeiras, ganhou títulos e virou ídolo da torcida, assim como Emerson Leão, que pede para o clube evitar uma homenagem simbólica ao pentacampeão.

‘Não gosto da ideia de busto. Vai ter muito passarinho na cabeça dele, como já tem muito no do Ademir’, conclui.

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