A torcida do Palmeiras descarregou sua ira em função do empate da equipe na estreia do Campeonato Brasileiro contra a Portuguesa, neste sábado, no Pacaembu. Insatisfeitos, torcedores cobraram o vice de futebol Roberto Frizzo e o técnico Luiz Felipe Scolari. O futebol alviverde, sobretudo no segundo tempo, foi muito abaixo do esperado.
Enquanto saía do setor mais caro do Pacaembu (cadeiras cobertas), Frizzo ouviu de alguns torcedores berros justamente sobre a atuação de Felipão na escalação. Cercado de seguranças, o dirigente deixou o local rapidamente sem responder. Já Scolari foi alvo de ofensas daqueles que ficaram atrás do banco de reservas e, inicialmente, respondeu com ironia.
‘Não acho cedo não (para as críticas), tinha que começar ontem de manhã ou de tarde para fazer um corinho melhor’, afirmou o treinador, que, em seguida, evitou prolongar as polêmicas. ‘Quanto a vaiar, gritar, eles pagam ingresso, não pagam? Se não pagam, é chato. Se pagam, tem direito, extravasar, gritar, nós temos de fazer a nossa parte’, emendou.
Realista, Felipão concordou que o Palmeiras caiu assustadoramente de rendimento diante da Portuguesa na etapa final e viveu de jogadas isoladas. Mesmo com limitações, a Lusa controlou as ações após o intervalo até criar a jogada do empate de Rodriguinho, aos 42 minutos.
‘O Palmeiras fez um bom primeiro tempo, não foi bem no segundo, mas criou oportunidades para definir e não definiu’, analisou o comandante alviverde.
Agora, Felipão espera que o elenco absorva rapidamente o resultado da estreia no Brasileirão e concentre as atenções na decisão da vaga para a semifinal da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, em Barueri. O Palmeiras assegura a classificação até mesmo com empates por 0 a 0 e 1 a 1.
‘Não dá para ficar lamentando, não adianta. Tínhamos dificuldades na montagem do time. Agora não adianta lamentar ou achar que a Portuguesa não fez por merecer. O time deles correu atrás, nós não fizemos a nossa parte, o empate foi justo’, encerrou Scolari.