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Após decepção em 2009, supervisor faz balanço positivo de Daegu-2011

Por Da Redação
8 set 2011, 10h25

Abalado pelo escândalo de doping coletivo protagonizado pela Rede Atletismo, o Brasil decepcionou no Mundial de Berlim-2009 e passou em branco. Dois anos depois, na esteira do ouro de Fabiana Murer no salto com vara, Martinho Nobre dos Santos, supervisor técnico da Confederação Brasileira de Atletismo (Cbat), faz um balanço positivo do evento em Daegu.

‘A medalha de ouro é uma coisa fantástica e ela comprova o sucesso nessa competição, embora esperássemos um número maior de finais. Queríamos, pelo menos, igualar nosso recorde de nove finais. Mas a avaliação é muito positiva, porque tivemos um grupo bem menor em comparação a Berlim e conseguimos um resultado melhor’, disse Martinho ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos.

Na capital alemã, apesar de enviar uma delegação formada por 42 atletas, o Brasil disputou um total de seis finais e não chegou ao pódio, assim como em Helsinque-2005, Edmonton-2001 e Stuttgart-1993. Em Berlim, a melhor performance do País foi o quinto lugar no salto com vara, alcançado por Fabiana Murer, e no revezamento 4x100m feminino.

Dois anos depois, o Brasil foi representado por 29 atletas. Além do ouro de Fabiana Murer no salto com vara, o primeiro da história do País em Mundiais, a equipe alcançou mais cinco finais: Bruno Lins (sexto nos 200m), Fábio Gomes da Silva (oitavo no salto com vara), Maurren Maggi (11no salto em distância) e Keila Costa (12no salto triplo), além do revezamento 4x100m, oitavo colocado.

Na Coreia do Sul, o Brasil teve menos quantidade e mais qualidade, diz Martinho. ‘É a questão de a gente alterar os critérios de convocação e apertar os índices. É claro que o pessoal não gosta muito de índice forte, mas os atletas perceberam que, no final, a exigência do índice é a comprovação da realidade: se quiser chegar numa final, precisa andar muito mais forte do que o índice’, raciocinou o supervisor.Fabiana Murer chegou a Daegu com o status de campeã mundial indoor, título conquistado em 2010 sem a concorrência da russa Yelena Isinbayeva. No torneio ao ar livre, apesar da presença da recordista mundial, a saltadora brasileira justificou sua condição de favorita e conquistou a medalha de ouro, exaltada por Martinho Nobre dos Santos.

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‘A Fabiana é a nossa única campeã do mundo, então é uma das maiores atletas na história do atletismo brasileiro e não há nem dúvida disso. O importante é que ela ganhou com todas as melhores do mundo na prova. Se a Isinbayeva não tivesse participado, teria essa conversa de que ganhou sem a melhor. Não, estavam todas presentes’, declarou.

Se Fabiana não decepcionou, Maurren Maggi, atual campeã olímpica, demonstrou nervosismo no salto em distância e ficou apenas no 11lugar (6,17m) após queimar duas tentativas. ‘Foi uma fatalidade. Essa prova talvez tenha sido uma das mais fracas da história. Todas as meninas não conseguiram saltar, não foi só a Maurren [a norte-americano Brittney Resse ganhou o ouro com 6,82m]’, minimizou Martinho.

No revezamento 4x100m masculino, uma das principais esperanças do Brasil, Nilson André caiu após toque com um atleta português em mais um resultado surpreendente. ‘É outra fatalidade e essas coisas fazem parte do esporte. Se não houvesse esse imprevisto, com certeza seria mais uma final e mais um recorde sul-americano’, disse Martinho, já que o revezamento 4x100m feminino bateu a marca continental (42s92).

Após retornar ao Brasil, os atletas passam a investir na reta final de preparação para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, com início previsto para o próximo dia 14 de outubro. A meta externada pelo supervisor técnico da Cbat é, pelo menos, repetir as 23 medalhas alcançadas na edição anterior do campeonato, realizada no Rio de Janeiro há quatro anos.

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