Por AE
Rio – Com 28 anos, o zagueiro Antônio Carlos admitiu nesta sexta-feira que demorou mais do que gostaria para começar a apresentar um desempenho que inspirasse a confiança dos torcedores do Botafogo. O jogador é considerado um dos principais líderes do atual elenco botafoguense e exibiu evolução nas últimas temporadas, mas o próprio atleta reconhece que esse crescimento poderia ter acontecido mais cedo.
“Os zagueiros em geral costumam ter uma evolução maior aos 25, 26 anos… Eu estou com 28, já estava na hora”, disse o defensor, para depois completar: “A gente fica mais maduro principalmente na questão de posicionamento”.
A evolução exibida nas últimas temporadas fez Antônio Carlos sonhar com uma convocação para a seleção brasileira, mas o seu desejo acabou não se materializando no ano passado, quando ele tinha esperança de ser chamado para defender o Brasil contra a Argentina no Superclássico das Américas. Na época, Elkeson, Jefferson e Cortez, hoje no São Paulo, foram convocados como jogadores do Botafogo, sendo que os dois últimos deles atuaram como titulares na vitória por 2 a 0 sobre os argentinos, em Belém, que deu o título desta disputa sul-americana à seleção de Mano Menezes.
“Eu trabalho para fazer bem o meu papel aqui, e é claro que tenho o sonho de ser convocado. Na convocação para o jogo contra a Argentina eu estava ansioso. Fiquei triste porque foi uma coisa que não aconteceu, mas já estava pronto para o sim e para o não”, disse o defensor, que prefere não carregar o rótulo de xerife da defesa botafoguense, como chegou a ser retratado em uma recente charge produzida pelo departamento de marketing do clube.
“Me acho maduro. Daqui a pouco começam me chamar de experiente, aí é fogo… Tenho uns quatro anos ainda até esta época, então espero que essa convocação chegue logo”, completou Antônio Carlos, cuja eficiência na zaga voltará a ser colocada à prova na partida do próximo domingo, contra o Nova Iguaçu, em Moça Bonita, pela segunda rodada da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca.