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Antecessor de Taylor, ‘Nenê argentino’ aprova armador naturalizado

Por Da Redação
2 jul 2012, 05h03

Dono de um título mundial e duas medalhas olímpicas pela Seleção Brasileira, o ex-pivô Antônio Sucar nasceu na Argentina e trilhou de forma bem sucedida, na década de 1960, o caminho iniciado recentemente pelo norte-americano Larry Taylor, convocado pelo técnico Rubén Magnano para participar da preparação voltada aos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Então adolescente, ele ganhou o apelido de ‘Nenê’ ao iniciar a carreira no Esporte Clube Sírio e, aos 73 anos, aprova a iniciativa de naturalizar o armador dos Estados Unidos.

‘O Taylor já chegou ao Brasil formado, mas acho que foi um ato bonito da parte dele querer se naturalizar para jogar pela Seleção’, disse Sucar, primeiro estrangeiro a defender o Brasil no basquete masculino. Nascido em San Isidro de Lules, província de Tucumán, o ex-pivô de 2,02m concedeu entrevista à GE.Net no escritório da imobiliária que dirige em São Paulo, enfeitado por antigos uniformes do time nacional e inúmeras medalhas, entre elas o ouro do Mundial-1963 e os bronzes olímpicos de Roma-1960 e Tóquio-1964.

Ainda que tenha nascido na Argentina, seu ‘segundo país’, Sucar nunca se considerou estrangeiro, já que emigrou ao lado da família de origem síria de Lules para São Paulo com apenas sete anos e concluiu o processo de naturalização para defender a Seleção aos 20. Já Larry Taylor, 31, é natural de Chicago e joga no Bauru há quatro temporadas. Na tentativa de demonstrar afinidade com a nova pátria, o armador se diz fã de pagode, churrasco e corintiano, apesar de ainda falar português com sotaque carregado.

Além de defender a naturalização do armador, Sucar comemorou a presença dos astros da NBA no grupo que se prepara para Londres e sentiu o pivô Nenê, ‘herdeiro’ de seu apelido, ‘interessado’ em defender a Seleção. Convocado pelo lendário técnico Kanela para o time nacional antes mesmo de ter seu processo de naturalização finalizado, algo que o argentino Rubén Magnano também fez com Taylor, o ex-pivô ainda disse ver semelhanças entre os dois treinadores.Gazeta Esportiva.Net: O norte-americano Larry Taylor está treinando com o grupo que se prepara para as Olimpíadas de Londres-2012 como naturalizado, situação que o senhor viveu na véspera dos Jogos de Roma-1960. No seu caso, como foi o processo de naturalização para defender o Brasi

Sucar: Eu fui convocado para a preparação para o Mundial de 1959 e acabei dispensado no penúltimo corte. O danado do Kanela não me falou, mas na época a minha naturalização ainda não estava pronta! Ele só me cortou e não falou nada. A documentação foi concluída apenas em 1960. Eu não tinha a necessidade de me naturalizar e a chance de jogar pela Seleção Brasileira foi o que me motivou a fazê-lo. No Sul-americano de Córdoba de 1960, minha primeira competição como naturalizado, ganhamos da Argentina e fui eu que coloquei o Brasil na frente (risos). Eu era reserva do Édson Bispo na época e esse jogo foi bem marcante para mim.

GE.Net: O senhor chegou ao Brasil com apenas sete anos. Imagino que nunca teve uma verdadeira identificação com a Argentina, ainda que tenha nascido no país…

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Sucar: No basquete, eu aprendi tudo no Brasil. Nunca joguei basquete na Argentina. Então, sem dúvida me sinto brasileiro, mesmo. Vamos dizer que a Argentina é o meu segundo país. Ainda tenho parentes lá, mas sou brasileiro e não tenho nem sotaque. Nesses quase 60 anos, voltei menos de 10 vezes à Argentina e nem lembro se cheguei a visitar a cidade em que nasci. Vivo no Brasil e do Brasil. Em porcentagem, é 95% Brasil e 5% Argentina. Há uma rivalidade grande entre as duas nações, mas todos somos sul-americanos.

GE.Net: Seu pai nasceu na Síria e teve um filho na Argentina que passou a defender o Brasil. Ele gostou da ideia de o senhor se naturalizar para jogar pela Seleção?

Sucar: Meu pai não costumava frequentar os jogos, mas gostou. Ele já estava com uns 65 anos, o que na época era uma idade elevada, e não tinha o costume de acompanhar as partidas nos ginásios. De qualquer maneira, ficava orgulhoso por ver o filho jogando na Seleção Brasileira, assim como os meus irmãos.GE.Net: O Larry Taylor se naturalizou por sugestão da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e foi convocado pelo técnico Rubén Magnano para treinar no grupo olímpico. O senhor aprova essa iniciativa?

Sucar: Por mim, está aprovado, sem dúvida. O Taylor se interessar pela naturalização é um ato bonito da parte dele e pode ajudar o Brasil. É um excelente armador e pode fazer parte da equipe, sim.

GE.Net: Acompanhando o processo de naturalização do Taylor, o senhor chegou a se lembrar da própria trajetória?

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Sucar: Eu me naturalizei com 20 anos. Ainda era um garoto, mas já morava no Brasil há algum tempo e meu basquete era brasileiro. O Taylor já chegou aqui formado, mas acho que foi um ato bonito querer se naturalizar para jogar pela Seleção. Significa que ele gosta do Brasil.

GE.Net: O senhor veio ao ao Brasil com sete anos, alguns dos seus irmãos nasceram aqui e a sua família também vivia no País. Por outro lado, o Taylor já tem 31 anos e chegou há apenas quatro temporadas. Algumas pessoas criticam a falta de um vínculo significativo dele com o Brasil…

Sucar: Atualmente, muitos atletas se naturalizam para defender outros países, mesmo em outras modalidades, como atletismo e vôlei, por exemplo. Se a pessoa aceita mudar de cidadania, é porque gosta do lugar em que está morando. É um direito que a pessoa tem. Se é permitido, por que não fazer? Nós temos que aceitar como uma atitude digna. É claro que, no meu caso, digamos que posso me considerar mais brasileiro do que o Taylor, porque fui criado aqui.

GE.Net: Em tese, o Taylor concorre com o Nezinho, o Vitor Benite e o Raulzinho. O senhor o convocaria para as Olimpíadas?

Sucar: Acho que é um bom jogador, mas quem vai decidir é o Magnano. O fato de o Taylor ter se naturalizado não significa que há uma obrigatoriedade de levá-lo para Londres.

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GE.Net: O senhor defendeu a Seleção com jogadores como Wlamir Marques, Rosa Branca, Amaury… Naquela época, o que significava receber a oportunidade de jogar pelo Brasil?

Sucar: Todo mundo tinha um grande orgulho e um grande interesse em jogar pelo Brasil. Mesmo nos clubes, nós não ganhávamos nada, eu nunca ganhei nada para jogar. Na época, os melhores jogadores do Brasil recebiam apenas uma ajuda de custo para pagar a faculdade ou a gasolina do carro (risos). Os clubes não tinham verba, os patrocinadores vieram depois. O que o clube dava aos jogadores era dos próprios sócios, um sacrifício. O prêmio era jogar pela Seleção, a gente sempre almejava chegar à Seleção Brasileira.GE.Net: Nos últimos anos, isso mudou muito, a ponto de alguns jogadores recusarem seguidas convocações. Imagino que esse tipo de postura deixava ex-atletas como o senhor chateados…

Sucar: (Suspiro) É verdade. Quando a gente via jogador recusando convocação… Não sabemos o que está escrito nos contratos que eles têm e como é a maneira de vida deles. Mas todos os argentinos jogam pela seleção e o Nowitzki também defende a Alemanha, por exemplo. Ou seja: quando a pessoa quer, consegue. O clube até tem interesse que o jogador defenda a sua seleção, porque isso valoriza o atleta. Felizmente, hoje os brasileiros já entenderam isso e estão se dedicando à Seleção.

GE.Net: No ano passado, o Leandrinho e o Nenê se recusaram a participar do Pré-olímpico, mas o Magnano convocou os dois para Londres. Acha que foi uma decisão correta do treinador?

Sucar: O Magnano, apesar de ser argentino, é um excelente técnico (em tom de brincadeira). Ele é um craque e colocou todo mundo no lugar. Acho melhor contar com o Nenê e o Leandrinho do que não contar. Agora, eles estão conscientizados de que têm que jogar pelo Brasil. Vestir a camisa da Seleção é um orgulho para qualquer brasileiro. Todos que vieram têm lugar no time e mérito para jogar pelo Brasil.

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GE.Net: O Nenê tem a responsabilidade de carregar o seu apelido…

Sucar: Agora, o Nenê também está se dedicando à Seleção Brasileira e mostrando interesse. Ele tem o mesmo apelido que eu, então precisa representar. O Nenê atual está bem, vi o amistoso contra a Nova Zelândia (o Brasil venceu por 73 a 49) pela televisão e ele está se comportando à altura do nome (risos). Os jogadores que atuam fora e ganham muito dinheiro na NBA estão conscientizados que devem jogar pelo Brasil. Fiquei bastante feliz por ninguém ter recusado a convocação e por ver todos dispostos a competir pelo Brasil em Londres.GE.Net: Com as presenças de Anderson Varejão, Tiago Splitter e Nenê, a briga no garrafão vai ser acirrada…

Sucar: Atualmente, é necessário ter três ou quatro pivôs, porque os outros países também têm. Você precisa de uma tabela forte para conseguir um bom resultado. Então, eu acho que precisamos de todos eles. É difícil, mas se cada um jogar 20 ou 25 minutos, já é um bom revezamento. Precisa tirar para descansar, ninguém aguenta jogar o tempo todo no ritmo forte de hoje, e ainda tem as faltas.

GE.Net: O senhor acredita que esse time atual tem condições de repetir o que a sua geração fez na década de 1960 e voltar de Londres com uma medalha?

Sucar: A gente reza para isso. O Brasil estar entre os 12 melhores do mundo já é algo muito importante, porque faz tempo que não conseguia. Se Deus nos ajudar, podemos chegar a ganhar uma medalha de bronze, prata ou ouro. Não é fácil, mas a Argentina ganhou um ouro, por exemplo. É algo maravilhoso e nós também podemos chegar lá. Eu acho que esse time tem condição de chegar, pelo menos, entre os seis primeiros. O futuro a Deus pertence e todo mundo vai para ganhar medalha. Quem sabe nós conseguimos a nossa de novo? Seria maravilhoso…

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GE.Net: O Brasil não disputa uma edição dos Jogos Olímpicos desde Atlanta-1996, quando ainda contava com o Oscar. Por que o senhor acha que houve esse longo hiato?

Sucar: A gente sentia bastante e ficávamos muito tristes de ver o Brasil fora da Olimpíada. Com o fim da Iugoslávia, nasceram três ou quatro times. Com o fim da União Soviética, nasceram mais umas quatro equipes. Então, conseguir um lugar entre os 12 não é fácil. A Argentina cresceu, assim como a Venezuela, e Porto Rico sempre foi um adversário forte para o Brasil. Não sei exatamente o motivo desse afastamento das Olimpíadas, mas nem sempre as coisas saem como a gente espera. Eu tive sorte de, nos meus tempos de atleta, participar de todas. Naquela época, se ganhava o Sul-americano, já estava classificado. Havia uma outra escala, em que o Brasil já vinha tendo sucesso. Infelizmente, houve esse hiato, mas já voltamos ao nosso lugar.GE.Net: O Gerasime ‘Grego’ Bozikis presidiu a CBB de 1997 a 2009, período em que a Seleção masculina permaneceu afastada dos Jogos Olímpicos. Acha que a administração dele foi prejudicial neste sentido?

Sucar: É difícil julgar os outros. Não posso falar que o Grego foi isso ou aquilo. Eu me dava bem com ele, não tinha qualquer problema e também estou gostando da administração do Carlos Nunes. Ocupar a presidência da Confederação é uma missão muito espinhosa. Não é brincadeira, tem muita responsabilidade. Não era o Grego que jogava e não posso condená-lo pelo período em que o Brasil ficou afastado das Olimpíadas.

GE.Net: O Rubén Magnano, campeão com a Argentina em Atenas-2004, conduziu a Seleção de volta aos Jogos Olímpicos. Acha que seu ‘compatriota’ é um dos principais responsáveis por esse retorn

Sucar: Sim, ele deu personalidade à equipe. É um campeão olímpico, uma pessoa com bastante autoridade sobre os jogadores. Ele é um Kanela da nova geração (risos). Assim como o Magnano, o Kanela também tinha autoridade diante do elenco. Técnicos assim fazem os jogadores sentirem que devem cumprir o papel deles. Se é um técnico que não impõe respeito, fica difícil. O Magnano tem um currículo muito bom. Não é que seja autoritário, ele leva a coisa de uma maneira tranquila para os jogadores, mas todos sentem que têm obrigação de representar bem o País.

GE.Net: O Kanela, bicampeão mundial e bronze em Roma-1960, é o técnico mais vitorioso da história do basquete brasileiro. Qual foi a importância dele nos times em que você participou?

Sucar: O Kanela era uma pessoa maravilhosa, que se dedicava completamente aos atletas. Devo tudo a ele por me chamar para a Seleção quando eu tinha 18 anos, antes mesmo da naturalização. Ele vislumbrou uma boa possibilidade, porque não havia jogadores altos no Brasil. Na época, com 2,02m, eu era o maior. Ele me ensinou muita coisa e naquele time todo mundo se ajudava – o Édson Bispo me ensinou muito e depois eu ajudei o Ubiratan. O Kanela tinha uma autoridade muito forte sobre os jogadores e exigia disciplina. Ele foi muito bom para o Brasil.GE.Net: Na sua época, o Brasil costumava vencer a Argentina. Nos últimos anos, no entanto, o seu ‘segundo país’ cresceu de forma significativa e chegou a ser campeão olímpico em Atenas-2004, além do vice mundial em Indianápolis-2002, sob o comando do Magnano. Como explicar essa evolução?

Sucar: Durante vários anos, a Argentina teve campeonatos internos muito disputados e conseguiu juntar um grupo que participa de todos os torneios. Essa geração com Ginóbili, Scola, Nocioni e Oberto, entre outros, representa para a Argentina mais ou menos o que a minha geração representou para o Brasil. Houve uma sintonia entre esses jogadores e eles se entendem bem na quadra, estão sempre presentes. Além disso, o Magnano tirava o melhor deles. Ele foi bom para a Argentina e agora está sendo bom para o Brasil.

GE.Net: O que o senhor espera da Argentina nos Jogos Olímpicos de Londres?

Sucar: A Argentina deve ficar entre os seis primeiros colocados. Em que lugar exatamente, é uma loteria, assim como em relação ao Brasil. Eles vão jogar com os melhores países de igual para igual e já conseguiram ganhar dos Estados Unidos (nas Olimpíadas de Atenas-2004 e no Mundial de Indianápolis-2002).

GE.Net: Em caso de confronto entre Brasil e Argentina em Londres, o senhor fica dividido?

Sucar: (risos) É lógico que vou torcer pelo Brasil! Em primeiro lugar, está o Brasil. Depois, vem a Argentina. Nós vamos jogar com eles de igual para igual.

GE.Net: Depois de seguidas disputas com a CBB, o Novo Baquete Brasil (NBB), organizado por uma liga independente de clubes, vem se consolidando. Acha que essa volta à Olimpíada também tem a ver com o fortalecimento do campeonato nacional?

Sucar: Eu acho que sim. As equipes voltaram a ter público, criou-se um time forte em Brasília, Franca continua com basquete, o Flamengo é um bom competidor. Há várias equipes e abriu mais o leque. Isso nos ajuda a voltar a jogar com um nível maior. No exterior, alguns jogadores foram para a NBA e outros estão na Espanha, um país com basquete forte. Isso acaba reforçando a Seleção Brasileira.GE.Net: O senhor citou a geração dos anos 1960 em alguns momentos. Acha que a conquista do Mundial-1963 dentro de casa foi o maior momento da sua carreira ou as medalhas olímpicas são mais especiais?

Sucar: Acredito que as medalhas de bronze de Roma e Tóquio se equivalem ao Mundial. Em 1963, todas as principais escolas de basquete do mundo estavam representadas: Estados Unidos, União Soviética, Iugoslávia, França, Porto Rico. Mesmo assim, nós ganhamos invictos. O Maracanãzinho estava sempre lotado e é claro que jogar em casa ajuda bastante, mas nosso time estava muito bem engrenado e não houve qualquer favorecimento de arbitragem. O time dos Estados Unidos que nós vencemos foi a base da equipe que ganhou o ouro nos Jogos de Tóquio, em 1964. Já a Olimpíada de 1960 foi a melhor da história. O Abebe Bikila correu descalço e ganhou a maratona ao cruzar o Arco de Constantino, enquanto a ginástica foi disputada nas Termas de Caracala. É difícil uma cidade ter tanto valor, Roma é maravilhosa.

GE.Net: O senhor defendeu o Sírio durante os seus 18 anos de carreira e depois ainda trabalhou como diretor da agremiação. Tem o sonho de ver o clube retomar as atividades no basquete?

Sucar: Eu gostaria, mas não é fácil. Os sócios precisam querer que o time exista, porque montar uma equipe competitiva traz custos. Quando eu era diretor, chegamos e arrumar um patrocínio bom para manter o time, mais ou menos no ano de 1995, mas o Sírio recusou. Então, eu falei: ‘já que vocês não querem mais basquete, vou jogar golfe (risos)’. Apesar de ser são-paulino, mandei o patrocinador para o Corinthians, porque eu queria um time na capital, e ainda encaminhei a contratação do Oscar. Ganhei muitos títulos com o Sírio e cheguei a participar do vice-campeonato mundial em 1973, quando infelizmente perdemos a final. Ainda sou conselheiro do Sírio e devo muito à instituição, porque se o clube não tivesse basquete, eu não teria disputado Sul-americanos, Mundiais e Olimpíadas.

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