Juvenal Juvêncio já estava extremamente irritado com a postura do São Paulo sob o comando de Adilson Batista. E aumentou sua indignação quando o fisioterapeuta Luiz Rosan voltou da última viagem com a Seleção Brasileira com um relato de Ronaldinho Gaúcho: o Tricolor deixa o adversário jogar.
‘O Ronaldinho Gaúcho falou para o Rosan: ‘puxa, como gostei de jogar contra o São Paulo. Por onde vou pelo Brasil, apanho. Mas, contra o São Paulo, ninguém encostou em mim. Não me deram porrada’. Fiquei louco da vida’, contou, agora entre risadas, o presidente são-paulino.
A manifestação do astro do Flamengo sobre a derrota tricolor por 2 a 1 no Morumbi com público recorde no Brasileiro para a reestreia de Luis Fabiano foi mais um fato para pôr fim à passagem de Adilson Batista, demitido na semana passada. Juvenal desejava alguém que mexesse com o brio do elenco. E encontrou Emerson Leão.
‘Foi uma opção emergencial. Pelas circunstâncias, não dá para fazer um grande planejamento, isso não existe. Procurei uma solução e entendi que foi uma realmente muito boa’, discursou o dirigente sobre o treinador contratado nessa segunda-feira com vínculo inferior a três meses.
Para não deixar de lado qualquer dúvida de que falta planejamento, Juvenal conta que decidiu sozinho por Leão logo após ver o 0 a 0 com o Coritiba no domingo, no Morumbi, sob o comando de Milton Cruz. Naquele momento, convocou o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes e o diretor de futebol Adalberto Baptista para fazê-los acertar logo com o técnico.
‘Eu me apressei em resolver esse assunto e o fiz em cinco minutos. Chamei-os em casa depois do jogo contra o Coritiba e vim embora para Assunção’, falou o presidente, que acompanha a delegação que enfrenta o Libertad nesta quarta-feira. Partida que espera ser o início de uma passagem mais longa de Leão. ‘Oxalá essa emergência venha nos provar que essa situação deva ser de prazo maior’, falou Juvenal.