A atuação do árbitro José Buitrago na partida dessa quarta-feira, entre Fluminense e Boca Juniors, deixou a equipe brasileira enfurecida. Tanto o técnico Abel Braga quanto o diretor-executivo Rodrigo Caetano fizeram duras críticas ao colombiano e não fizeram questão de esconder a frustração da equipe com o modo como o juiz conduziu a derrota tricolor por 1 a 0, em La Bombonera.
As reclamações tiveram início já no primeiro tempo da partida, quando o árbitro apresentou o segundo cartão amarelo ao lateral esquerdo Carlinhos e expulsou o jogador de campo. Com um a menos, o Fluminense chegou a levar perigo após cabeçada de Anderson em escanteio cobrado da esquerda, mas o braço aberto do defensor argentino desviou a trajetória da bola do gol.
Posteriormente, o árbitro ignoraria diversas reclamações de falta do Fluminense e aplicaria cartões amarelos que foram classificados como atitudes contraditórias pelo clube brasileiro. Aliado a isso, o Tricolor precisava conviver com o péssimo retrospecto do colombiano, que havia sido criticado duramente pelo Corinthians ao expulsar o atacante Jorge Henrique no empate por 0 a 0 com o Emelec, no Equador, em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores.
‘Eu reparei na primeira jogada da partida. O jogador do Boca perde na velocidade para o Thiago Neves e puxa ele por trás. Naquele lance o juiz já não tinha dado o amarelo e eu pensei: ‘Estamos fu…’. Já me veio o jogo do Corinthians na cabeça e esse árbitro é caseiro, não tem o que fazer. Ele é caseiro’, atacou o comandante tricolo
Enquanto Abel Braga procurou analisar a situação somente dentro de campo, Rodrigo Caetano foi mais além e suspeito de um possível esquema por trás das quatro linhas. O dirigente afirmou que não quer acreditar em um possível favorecimento ao Boca Juniors e pediu para que a forma como a Conmebol vem administrando a arbitragem de equipes brasileiras seja revista pelos membros da entidade.
‘Ele não tem critério. Eu só espero que não tenha algum interesse maior por trás. O Fluminense está de um lado da tabela e os três brasileiros do outro. O Flu passando de fase terá uma grande chance de ir até a final. Escalar um árbitro sem nível nenhum, dentro de La Bombonera, é muito estranho, porque ele era lamentável. Daí no Engenhão eles colocam um de primeira linha, como o Amarilla’, declarou o diretor executivo de futebol.
Por fim, Abel Braga não deixou barato as provocações e a forma como o Fluminense precisou enfrentar a pressão dentro dos domínios adversários e disse estar esperando ansiosamente pelo confronto da próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro. ‘Lá vai ser pauleira para os dois lados, não vai ter colher de chá. É assim, cara. Hoje entramos 11 contra 11 e saímos 10 contra 12. Eu espero que no próximo jogo nós tenhamos um árbitro isento para que a gente possa jogar de igual para igual.’