Zuenir Ventura é eleito para Academia Brasileira de Letras
Novo imortal ocupará a cadeira que era de Ariano Suassuna, morto em julho
O jornalista e escritor Zuenir Ventura, 83 anos, foi eleito nesta quinta-feira novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ventura recebeu 35 votos para ocupar a cadeira 32, que era do dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, morto em 23 de julho. Concorreram com ele os poetas Thiago de Mello e Olga Savary, que terminaram o pleito com um voto cada.
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Os ocupantes anteriores da cadeira foram Carlos de Laet, Ramiz Galvão, Viriato Correia, Joracy Camargo e Genolino Amado. Nas últimas semanas, a ABL também elegeu o poeta Ferreira Gullar e o historiador Evaldo Cabral de Mello para ocupar as cadeiras deixadas vagas pelas mortes de Ivan Junqueira e João Ubaldo Ribeiro, respectivamente.
Zuenir Ventura é jornalista e ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Nos anos 1960, foi editor internacional do Correio da Manhã, diretor de redação da revista Fatos & Fotos, chefe de reportagem da revista O Cruzeiro e editor-chefe da sucursal no Rio de Janeiro da revista Visão-Rio. Em 1969, assinou a série de doze reportagens Os Anos 60 – A Década que Mudou Tudo para a Editora Abril, posteriormente publicada em livro. Também na editora, foi chefe de redação de VEJA de 1977 a 1981.
Em 1988, Ventura lançou o livro 1968 – O Ano que Não Terminou, que recebeu 48 edições, vendeu mais de 400.000 exemplares e foi a inspiração para a minissérie Anos Rebeldes (1992), da Globo. Recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog pela série de reportagens O Acre de Chico Mendes, publicada em 1989 no Jornal do Brasil. Seu livro mais recente é o romance Sagrada Família (Alfaguara).