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Viúva de Domingos Montagner: ‘Compenso falta física com relação sensitiva’

Luciana Lima fala sobre processo de luto e o documentário ‘Pagliacci’, filme que homenageia trabalho do ator no circo

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2018, 09h04 - Publicado em 27 abr 2018, 08h41

Luciana Lima conheceu Domingos Montagner em 1999, quando o ator levou sua trupe de palhaços a Natal, onde ela fazia parte do grupo Clowns de Shakespeare. “Eu já conhecia o histórico dele. Estreitamos a relação e, no fim de 2000, eu vim para São Paulo e começamos a morar juntos”, conta Luciana, que em seguida assumiu a produção da Cia La Mínima, projeto do marido.

Enquanto preparavam as comemorações dos 20 anos do grupo, Luciana, os amigos e colegas do circo e espectadores de todo o Brasil receberam a triste notícia da morte de Montagner, em setembro de 2016. Hoje, quase dois anos após a tragédia, ela diz ainda viver o luto, e encará-lo a cada dia, um dia de cada vez. “Aprendi a viver o momento. Quando me perguntam como estou, respondo como estou hoje. Pois o amanhã vem de forma inesperada, pode ser bom ou não.”

Esta semana, Luciana lança o documentário Pagliacci, em cartaz desde esta quinta-feira, dia 26, nos cinemas brasileiros. A produção era um desejo do marido de registrar os bastidores da vida de um palhaço de circo e da história de sua trupe. Segundo Luciana, fazer o filme ajudou o grupo a lidar com a dor, ao mesmo tempo que reforçou a ligação com o legado de Montagner, uma espécie de presença espiritual nos sets.

O espiritual dá sentido. Te faz pensar que cada um tem sua trajetória. Não é uma resposta para o que aconteceu, mas é um conhecimento que me ajuda a preencher lacunas.

Luciana Lima sobre o marido Domingos Montagner
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“Desde o momento do acontecimento, até hoje, eu tento me amparar espiritualmente. Além da ajuda dos amigos, da família de sangue e da família de circo, tenho buscado conhecimento sobre esse fluxo de energia, o momento em que ela começa e termina. Isso tem me ajudado a tratar o assunto da maneira mais amena possível”, conta. “Claro que a gente nunca espera (pela tragédia). Somos pessoas materialistas, precisamos do outro, do toque, do calor, da relação para se sentir acolhida. Mas estou conseguindo aos poucos suprir a ausência física com a relação sensitiva, de energia espiritual, para que essa relação perdure, até ser o meu momento e dos meus filhos.”

Luciana, que é católica, conta com a ajuda de um orientador espiritual na igreja que frequenta, acompanhamento psicológico para ela e para os filhos desde a morte do ator, e literatura espírita indicada por amigos. “O espiritual dá sentido. Faz a gente pensar que cada um tem a sua trajetória. Não é uma resposta para o que aconteceu, mas é um saber que me ajuda a preencher lacunas. Pois sei que nunca vou conseguir ter a resposta do por quê.”

 

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