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‘Veep’: atriz fala sobre nova temporada, política e Julia Louis-Dreyfus

Anna Chlumsky, que vive a personagem Amy, mostra que sabe o que está acontecendo na política brasileira e antecipa o que deve acontecer no quinto ano do seriado, que estreia neste domingo na HBO

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 abr 2016, 08h54

Anna Chlumsky se tornou mundialmente conhecida ainda na infância, quando estrelou o filme Meu Primeiro Amor (1991) ao lado de Macaulay Culkin. Depois de muitos trabalhos em Hollywood e de uma pausa na carreira artística para cursar a faculdade de relações internacionais, a atriz, hoje, coleciona três indicações ao Emmy por seu papel na comédia da HBO Veep, que estreia sua quinta temporada neste domingo, às 23h30. No seriado, ela interpreta Amy, o braço direito da protagonista Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus), ex-vice-presidente e atual presidente americana. Em conversa com jornalistas brasileiros, a atriz comentou o cenário político tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, o que vem pela frente na série e sua relação com Julia, um dos nomes fortes da comédia americana desde seu trabalho na sitcom Seinfeld.

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Anna mostrou saber um pouco do que se passa por aqui e fez a relação entre Veep e os últimos acontecimentos na política brasileira. “A nossa série mostra o congresso votando para decidir se a presidente vai continuar sendo presidente e isso é mais ou menos o que está acontecendo aí. Não sei, é sempre difícil lidar com corrupção num nível tão alto e saber o que fazer, enquanto sociedade”, disse. Já sobre a política americana, que está às voltas com as eleições e, principalmente, com as inúmeras vitórias de Donald Trump nas primárias do Partido Republicano, a atriz demonstra preocupação. “Extremistas me deixam nervosa. Sinto que há muitas pessoas surpresas com o fato de tantos americanos comprarem esse tipo violento de retórica. Achávamos que estávamos mais avançados.”

As eleições americanas também serão tratadas na quinta temporada de Veep. De acordo com Anna, a dúvida se Selina vai continuar como presidente dos Estados Unidos ou não será o assunto dos novos episódios. “A temporada passada terminou com um empate nas eleições. Toda a temporada se passa nas semanas anteriores ao desempate”, afirma. Sua personagem, Amy, chegou a tentar se afastar na quarta temporada e até pediu demissão do emprego, mas, ao que tudo indica, ela deve voltar a trabalhar com Selina. “Amy tem seu próprio caminho a trilhar, porque ela achou que tinha terminado tudo com Selina, mas não consegue se distanciar. Costumo dizer que esse trabalho é o vício dela.”

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Confira um trecho da entrevista com Anna Chlumsky:

Sua relação com a Julia Louis-Dreyfus mudou, evoluiu, ao longo das temporadas?

Julia é uma grande inspiração para todos nós porque ela é incansável, ela trabalha tanto e se preocupa tanto com a qualidade do seriado. Ela é uma excelente líder para se ter, porque assim você sabe que há alguém te apoiando e que vocês estão juntos. Me sinto muito segura com a inteligência, atuação e liderança dela e sei que o resto da equipe também pensa assim. Ela me faz pensar que qualquer coisa é possível.

Como acha que a Amy cresceu e mudou ao longo das temporadas, principalmente depois do ano passado, quando ela brigou e pediu demissão de seu trabalho ao lado de Selina? Acho que ela ficou menos agressiva. Na primeira temporada, ela é a chefe de gabinete, então se sente pressionada a provar que pode fazer o escritório funcionar e fazer os sonhos da Selina se tornarem realidade. Isso a estressa, mas é isso que faz com que ela chegasse tão longe, então ela pensa que simplesmente é assim que as coisas são. Mas as coisas começaram a mudar, talvez porque quando uma pessoa chega aos 30 anos ela passa a pensar se há algo mais sobre a vida. Na época em que ela briga com Selina, ela já perdeu toda a munição que tinha para esse trabalho e ela se afasta. Isso fez com que ela se tornasse menos dura. Não que ela tenha se tornado gentil e respeitosa, mas ficou menos dura (risos).

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Quanto de você há em Amy? Como atriz, sempre tento encontrar algo no personagem que esteja conectado comigo, de alguma forma. Assim como Amy, eu fico impaciente com pessoas que não pensam o tanto quanto podem. Ela também é muito controladora e acha que isso é bom para ela, mas eu espero estar aprendendo, na minha vida real, que não é bem isso.

Na última temporada, a secretária Sue (Sufe Bradshaw) descreveu Amy como uma mistura de alguém com baixa autoestima e narcisismo. Quais dos dois adjetivos você acha que descrevem melhor a personalidade de Amy? Não acho que ela seja narcisista, na verdade, mas acho que ela é arrogante, ela pensa que sabe tudo, o que sempre a coloca em problemas. E a falta de autoestima dela está em todos os lugares, menos no trabalho que ela faz. Por isso ela não consegue ficar longe do trabalho, porque é o único lugar onde ela gosta dela mesma. Pobre garota.

Você assiste a outros seriados sobre política? Não estou viciada em nenhum agora, mas já assisti a algumas coisas. Estou no meio da terceira temporada de House of Cards, acho que é a única que eu vejo além de Veep.

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