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Uso de peles de animais leva ativistas à SPFW

Por Da Redação
24 jan 2012, 07h00

Coelhos de isopor reciclável e raposas de madeira passaram o fim de semana expostos na porta de entrada da São Paulo Fashion Week, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Ao lado, plaquinhas com os dizeres �no fur” fincadas na terra. As 140 esculturas faziam parte de uma manifestação realizada por ativistas da Move Institute, ONG que luta contra o uso de pele de animais na moda.

Depois de passar pelas obras – assinadas por artistas plásticos como Renata Debonis, Vermelho, e Mônica Chan- , os convidados que chegavam ao prédio para a São Paulo Fashion Week ganhavam um adesivo para colar no peito com os mesmo dizeres das placas. Nas salas de desfile, o couro e a pele de bicho nunca estiveram tão em alta na Bienal como nesta temporada de inverno.

“Queremos trazer esse tema para a moda, propor incentivos para pesquisas de tecidos e novas tecnologias”, explica Adriana Pierin, presidente do instituto criado há dois anos. Muito estilista colocou pele de verdade nas suas coleções.

Fause Haten, por exemplo, trouxe estolas de raposa, golas de visom que contrastavam com os looks em levíssima seda pura. “Não sou a favor nem contra o uso de peles. E não quero entrar nesta polêmica. O que importa é que sou a favor da liberdade. Sempre uso pele sintética e acho ótimo. Mas nesta coleção, mais que tudo, eu queria usar peles.”

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Glória Coelho, ontem, surpreendeu ao misturar pele de vaca – bem parecida com a dos tapetes de casas de fazenda – com tecidos fluídos. “Não vejo problema em usar couro de vaca ou de boi”, diz Glória. “O boi e a vaca fazem parte da cadeia alimentar.”

Reinaldo Lourenço não cogita o uso de materiais sintéticos. “Acho muito ingênua esta história. As pessoas comem o boi, então aproveita-se o couro. O material sintético não tem a mesma textura, nem o mesmo caimento” E a pele? “Foi a primeira indumentária do homem. Se não fosse a pele não teríamos sobrevivido.”

Na passarela surgiram, sim, materiais alternativos. Foi o caso da Ellus, que apresentou jeans resinado, que dá aspecto de couro ao tecido. Mas a grife também colocou na mesma passarela um casaco com pele de chinchila.

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“Eu, que sou contra o uso de peles, tentei inicialmente usar couro sintético. Mas fui pesquisar e cheguei à conclusão de que o couro sintético é feito de PVC, ou seja, plástico. Então, voltei ao couro natural”, diz João Pimenta, estilista da marca que leva seu nome.

O Brasil exportou US$ 2,5 bilhões de couro e pele em 2011. Em quantidade, segundo o Centro das Indústrias de Couro do Brasil, 2% a menos que em 201o. O setor espera uma redução maior ainda este ano. Em 2011, Itália e China compraram 52% do total enviado para fora do Brasil. A saída parece ser o aumento do consumo interno.

(Com Agência Estado)

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